As premières de Wicked: Parte II pelo mundo chamaram atenção não apenas pelo espetáculo, mas também pela aparência física de parte do elenco feminino. Internautas observaram a magreza de Ariana, Cynthia Erivo e Michelle Yeoh, gerando debates intensos nas redes sociais. Para muitos, a mudança no corpo das atrizes pode indicar pressões invisíveis nos bastidores da produção cinematográfica.
A transformação de Ariana, que interpreta Glinda, já é conhecida do público. Entretanto, nos últimos dias, a magreza de Cynthia (Elphaba) e Michelle Yeoh (Madame Morrible) reforçou a pauta, despertando especulações sobre padrões de corpo impostos em Hollywood.

O culto ao corpo perfeito e seus perigos
A pressão estética tem levado pessoas famosas e anônimas a ultrapassarem limites. De acordo com a nutricionista Thayane Fraga, do núcleo de transtornos alimentares da Holiste Psiquiatria, a linha entre cuidado com a saúde e busca pelo corpo ideal é muito tênue.
“Erramos ao pensar que a busca pelo corpo perfeito significa uma vida saudável. A idealização da magreza tem contribuído para adoecimentos físicos e mentais, causando transtornos alimentares, hábitos inadequados e problemas de autoimagem”, explica a especialista.
A obsessão pelo corpo perfeito não está limitada à magreza. Transtornos como a vigorexia, que leva à prática excessiva de exercícios, mostram que o ideal de beleza é, muitas vezes, inatingível e prejudicial.
Como padrões de beleza afetam a saúde
Estudos indicam que a promoção de padrões de beleza centrados na magreza feminina é um dos maiores fatores ambientais para transtornos alimentares. Dietas restritivas, uso de medicamentos e procedimentos invasivos tornaram-se comuns, inclusive entre celebridades.
No caso do elenco de Wicked: Parte II, alguns internautas acreditam que as atrizes foram induzidas a manter corpos muito magros durante filmagens e divulgação. Embora não haja confirmação, o debate evidencia como a pressão estética pode afetar a saúde física e emocional.
Medicamentos, procedimentos e atenção profissional
Com a popularização de medicamentos como Ozempic, indicado para diabetes mas usado também na perda de peso, a atenção a excessos na busca pelo corpo perfeito se torna ainda mais relevante. Profissionais de saúde devem observar não apenas o peso, mas sinais de comportamentos obsessivos ou alterações na autoimagem, que podem indicar problemas graves.
“A obesidade é uma doença, mas o oposto também oferece riscos. Quando o foco excessivo recai sobre a magreza, muitas vezes isso revela dificuldades emocionais e comportamentais que merecem atenção especializada”, alerta Thayane.
Resumo: O debate sobre a magreza do elenco de “Wicked: Parte II” evidencia como padrões de beleza irreais afetam a saúde física e mental. A pressão estética, dietas restritivas e procedimentos invasivos podem gerar transtornos sérios, mostrando que o corpo perfeito é, na prática, um mito prejudicial.
Leia também:
A volta da magreza extrema: será que estamos regredindo nos padrões de beleza?








