Existem histórias que a gente já conhece, mas é diferente quando o próprio protagonista decide contá-las. É o caso de “aka Charlie Sheen” (em tradução livre “Também Conhecido como Charlie Sheen”), novo documentário em duas partes da Netflix, lançado em 10 de setembro, que mergulha na vida do ator que foi, ao mesmo tempo, um dos mais populares e mais polêmicos nomes de Hollywood. Dirigido por Andrew Renzi, o projeto mistura confissão, memória e reconstrução, com o próprio Sheen revisitando altos e baixos de sua trajetória.
Da fama ao colapso
O documentário mostra como Charlie Sheen saiu do estrelato, com filmes como Platoon e a série Two and a Half Men, direto para um colapso público marcado por vícios, escândalos e declarações explosivas. Ele mesmo comenta, com um tom de arrependimento e humor amargo, o impacto que seus excessos tiveram na carreira e na vida pessoal. Há espaço para relembrar os desentendimentos com o criador da série, Chuck Lorre, e a repercussão de seu diagnóstico de HIV, anunciado em rede nacional.
A produção intercala depoimentos de Denise Richards, Brooke Mueller, Jon Cryer e até de seu ex-traficante de drogas, o que dá uma dimensão honesta e, às vezes, desconfortável à narrativa. Mas é exatamente aí que mora o mérito do documentário: em não suavizar a história. O material de arquivo, com vídeos de infância, bastidores e gravações raras, também ajuda a humanizar quem, por muito tempo, foi reduzido às manchetes sensacionalistas.
Um retrato honesto, mas previsível
Com 75% de aprovação no Rotten Tomatoes, “aka Charlie Sheen” tem sido elogiado por sua franqueza, embora algumas críticas apontem que ele segue o caminho já esperado das “jornadas de redenção” de celebridades. Ainda assim, a força do filme está na vulnerabilidade do ator, que fala sobre seus sete anos de sobriedade e o esforço em reconstruir a própria imagem.
Não é uma história inédita, mas é sincera. E talvez seja isso que mais prenda quem assiste. Entre momentos de vergonha e coragem, “aka Charlie Sheen” mostra que, por trás do caos e dos escândalos, há alguém tentando recomeçar.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (24 de outubro). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.
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