A Paramount Skydance está em negociações iniciais com a Warner Bros. Discovery para uma potencial aquisição avaliada em US$ 30 bilhões — não apenas do HBO Max, mas da empresa inteira. Porém, a WBD já rejeitou múltiplas ofertas, e outras gigantes como Amazon, Netflix e Comcast também demonstram interesse.
Caso prospere, a fusão teria como objetivo reduzir custos operacionais e unificar catálogos, seguindo uma tendência de consolidação no mercado global de entretenimento digital. Vale ressaltar que a aprovação regulatória permanece incerta.
Fusão entre plataformas muda o cenário do streaming mundial
A possível fusão entre Paramount+ e HBO Max é mais um sinal de que o modelo fragmentado de streaming está sendo reavaliado por grandes grupos. A união de serviços permite que marcas entreguem mais valor ao usuário com menos gastos internos.
Com esse tipo de estratégia, empresas como a Paramount conseguem competir de maneira mais eficiente com gigantes como a Netflix, Disney+ e Amazon Prime Video, que já operam com estrutura mais integrada.
A concentração de conteúdo em uma única plataforma fortalece a audiência, simplifica campanhas de marketing e reduz a evasão de assinantes, criando um ambiente mais sustentável para o futuro do entretenimento sob demanda.
Por que a Paramount quer absorver o HBO Max?
A redução de custos seria o principal incentivo para essa fusão — caso ela se concretize. Operar duas plataformas exige equipes separadas de TI, marketing, atendimento ao cliente e manutenção de aplicativos. A unificação representaria um corte significativo. Os potenciais benefícios operacionais seriam:
- Menor gasto com infraestrutura digital e servidores;
- Campanhas promocionais conjuntas, mais impactantes;
- Expansão do catálogo com produções da Warner Bros.;
- Mais engajamento com um app centralizado e intuitivo.
Porém, como as negociações ainda estão em fase inicial, nenhum desses cenários está confirmado.
Curiosidade: a Warner Bros. Discovery rebranding de HBO Max para ‘Max’ em maio de 2023 consolidou os serviços HBO Max + Discovery+ em uma única plataforma. Porém, em maio de 2025 — apenas 2 anos depois — a empresa reverteu essa decisão e a plataforma voltou a se chamar HBO Max em novembro de 2025. Se a Paramount adquirir a WBD, terá de lidar com essa estrutura já consolidada, não necessariamente seguir um caminho parecido.

O que pode acontecer com os assinantes do HBO Max?
A migração de usuários seria uma das etapas mais sensíveis em qualquer processo de fusão. Caso a negociação se confirme e seja aprovada regulatoriamente (cenário ainda incerto), seria provável que todos os perfis ativos do HBO Max fossem transferidos automaticamente para o Paramount+, seguindo o modelo que funcionou quando Star+ foi incorporado ao Disney+ em junho de 2024. Esse processo exigiria atenção especial em diversos pontos:
- Preservação do histórico de visualização e perfis personalizados;
- Comunicação clara sobre novos planos, preços e vantagens;
- Transição gradual para evitar sobrecarga de sistemas;
- Ajustes na curadoria e design para atrair a base de usuários anterior.
Importante: fusões anteriores mostraram que o tempo entre anúncio e implementação real pode durar de 6 meses a 2 anos, dependendo da aprovação regulatória e da complexidade técnica e legal envolvida.
A tendência de fusões entre streamings vai continuar?
Provavelmente sim. Especialistas indicam que a consolidação de plataformas será uma tendência contínua nos próximos anos. Com excesso de concorrência e limitações orçamentárias do consumidor, manter múltiplos serviços separados está se tornando financeiramente desafiador.
Exemplos recentes confirmam esse movimento:
- O Star+ foi incorporado ao Disney+ em junho de 2024 na América Latina;
- A Peacock fez acordo com Amazon Prime Video (outubro de 2025);
- Apple TV anunciou bundle com Peacock (outubro de 2025) e rebatizou de Apple TV+ para Apple TV;
- Amazon Prime Video integra compras, séries, filmes, música e agora oferece Peacock como add-on.
Dica importante: menos plataformas significa menos senhas, menos mensalidades e potencialmente mais conveniência — mas também menor diversidade de curadoria, menor competição entre plataformas e possíveis aumentos de preços com consolidação de poder de mercado.








