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Início Coluna Aventuras Maternas

Entre a distração e o diagnóstico: como diferenciar TDAH de cansaço ou sobrecarga

Priscila Correia Por Priscila Correia
09/11/2025
Em Coluna Aventuras Maternas
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Com o fim do ano letivo se aproximando, é comum ver alunos tentando recuperar o tempo perdido, entre provas, trabalhos e o cansaço acumulado de meses de estudo. E no meio dessa correria, pais e professores se perguntam: será que a dificuldade de concentração é derivada de uma procrastinação constante ou indicam um transtorno, como o TDAH?

Em muitos casos, a desatenção pode ser um reflexo natural de sobrecarga e do estresse próprios do final do ano letivo ou “somente” um comportamento constante que precisa ser mudado; em outros, pode, sim, ser sinal de TDAH.

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Nos últimos anos, o número de famílias que buscam explicações para comportamentos dos filhos, como agitação, irritabilidade e falta de foco, cresceu consideravelmente. Mas é preciso cautela na hora de ter um diagnóstico. Afinal, respostas rápidas nas redes sociais de “especialistas” em saúde mental não são exatamente o melhor caminho. Segundo a neuropsicóloga Bárbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto, muitas vezes, o que parece desatenção, é sinal de um cérebro cansado, distraído com estímulos digitais ou sobrecarregado por demandas emocionais. “Nem tudo precisa ser traduzido em laudo”, afirma. E continua: “Mudanças na rotina, inseguranças e o aumento da pressão escolar ajudam a explicar por que tantos jovens se sentem desorganizados e desmotivados. O cérebro busca prazer e alívio imediato quando está sob estresse. Isso pode ser interpretado como falta de atenção, mas é uma forma de autoproteção”, explica Calmeto.

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Para entender a diferença entre procrastinação e TDAH, é essencial ter um olhar mais acolhedor sobre o comportamento infantil e na adolescência. Especialistas defendem que o primeiro passo deve ser observar o contexto, o ambiente e os hábitos antes de buscar uma avaliação médica. Afinal, nem toda desatenção é TDAH; às vezes, é apenas um pedido silencioso por pausa, apoio e equilíbrio.

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Na matéria dessa semana, vamos falar mais sobre o assunto e buscar caminhos para evitar os estresses nos estudos no final de ano.

É comportamental ou um transtorno?

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Quando o filho começa a apresentar alguma dificuldade nos estudos, sem que uma causa pareça clara, muitos pais se perguntam o porquê. Mas é preciso entender, antes de tomar qualquer atitude, a diferença entre desatenção e TDAH, e entre agitação e impulsividade clínica.

A psicóloga Débora Soares explica que a desatenção isolada é algo comum, todos podemos passar por momentos em que a mente está sobrecarregada, o sono ruim ou há excesso de estímulos. “Já o TDAH envolve um padrão persistente de desatenção, impulsividade e/ou hiperatividade que compromete significantemente o funcionamento diário trazendo prejuízos, seja no trabalho, nos estudos ou nas relações. A agitação pode ser apenas uma resposta ao estresse, ansiedade ou necessidade de movimento; já a impulsividade clínica acontece quando a pessoa age antes de pensar de forma recorrente, com prejuízos para si ou para os outros, indicando um padrão neurocomportamental mais estruturado e que precisa de avaliação”, comenta.

Thaís Davico, que é Psicóloga e Psicopedagoga e fundadora do Instituto Thaís Davico, pontua, ainda, que o TDAH pode se apresentar em três modalidades: Desatento, Hiperativo-Impulsivo e Combinado (Desatento-Hiperativo-Impulsivo). “Para ser determinado como TDAH, é necessário que haja seis sintomas ou mais de Desatenção ou de Hiperatividade/Impulsividade. Os sintomas devem se manifestar antes dos 12 anos de idade e causar prejuízos em mais de dois ambientes da vida da pessoa. Já agitação e impulsividade isoladas podem ser apenas traços de comportamento presentes no indivíduo, mas são insuficientes para caracterizar um diagnóstico clínico de TDAH ou de qualquer outro transtorno do neurodesenvolvimento”, avalia.

Uma dúvida constante entre os pais é se há algum sinal de alerta que devam ficar atentos para buscarem o diagnóstico de TDAH. Para Débora, o ponto de atenção é o impacto funcional. “Se a desatenção, impulsividade ou agitação começam a prejudicar o desempenho escolar, o convívio social ou a autoestima, é o momento de buscar uma avaliação. Pais e professores costumam notar que a criança ou adolescente “até sabe o conteúdo, mas não consegue entregar”, ou que “se perde nas tarefas”. Quando há esse padrão contínuo, é importante procurar um profissional habilitado, neuropsicólogo ou psiquiatra para uma investigação detalhada”. Já para Melaine Machado, que é psicomotricista, orientadora parental e especialista em neurociências comportamento humano, também é preciso ficar alerta quando a criança ou adolescente sofre, se sente “incapaz”, ou quando o esforço parece nunca ser suficiente, mesmo com apoio e estrutura. Além disso, ela dá um aviso importantíssimo: “cada cérebro é único, e o diagnóstico deve ser feito por uma equipe multiprofissional, incluindo avaliação médica, psicomotora e psicopedagógica”.

Para ajudar os filhos a evitarem a procrastinação, especialmente no final do ano, Thaís sugere que se mantenha a rotina, mesmo que o cansaço bata à porta, que as exigências aumentem e que o cordão esteja enrolando no pescoço. “Propicie tempos de zero tecnologia, almoço à mesa, passeios ao ar livre, tempo de qualidade nos fins de semana, troca de olhares e sorrisos. Seja a recompensa no fim de semana, para que a semana possa ser encarada como rotina. A criança necessita brincar todos os dias. Pausas são necessárias em todas as idades, até mesmo durante os dias de semana. O quadro de rotina ajuda a monitorar isso. As crianças têm procrastinado como um pedido de ajuda. Agendas abarrotadas de atividades… Tem dias, no consultório, que elas choram, pois só querem brincar. Às vezes, a solução está no pedido de socorro delas: equilibre o meio da semana com uma rotina mais estruturada e libere os fins de semana para que todos lembrem como é bom ser criança”, avalia.

Mas atenção: independentemente do diagnóstico, é preciso ficar alerta em relação ao uso de telas, pois o uso constante estimula o cérebro de forma imediatista. “Vídeos curtos, notificações e recompensas instantâneas ativam o sistema de recompensa, responsável pela liberação de dopamina neurotransmissor envolvido na sensação de prazer. Isso faz com que atividades que exigem foco e paciência, como estudar ou planejar algo, pareçam menos atraentes, já que o sistema de recompensa só será acionado ao final da tarefa, demandando mais tempo para gerar satisfação”, diz Débora. Ela fala, ainda, que é importante compreender que o cérebro humano tende a economizar energia, um traço herdado de nossas raízes evolucionistas, e, por isso, ele naturalmente busca a “lei do menor esforço”, priorizando aquilo que oferece prazer imediato e baixo custo energético. “Com o tempo, o adolescente passa a adiar o que exige empenho, preferindo atividades de gratificação rápida. Essa relação neurológica entre prazer imediato e esforço retardado sustenta o ciclo da procrastinação. Um cérebro que não procrastina é um cérebro educado e treinado para adiar a recompensa, desenvolvendo a capacidade de sentir prazer em objetivos de longo prazo”, conclui.

O suporte das escolas

Entre prazos que se acumulam, tarefas inacabadas e até a constante sensação de que “poderia ter feito mais”, muitos alunos enfrentam dificuldades para manter o foco e organizar a rotina de estudos. O desafio, porém, vai além da simples falta de rotina ou disciplina. Enquanto a procrastinação é um comportamento comum e, muitas vezes, passageiro; o TDAH é uma condição que exige atenção e acompanhamento especializado. E saber distinguir uma situação da outra é fundamental para que escolas, pedagogos e profissionais da educação possam oferecer o suporte adequado.

Renato Brito, que é Doutor em Educação e Pesquisador Associado Cátedra UNESCO, Universidade Católica de Brasília, explica que a desatenção isolada pode ser transitória e ligada a fatores emocionais, contextuais, sono, motivação ou sobrecarga, enquanto o TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por um padrão consistente e duradouro de desatenção, impulsividade e/ou hiperatividade, em intensidade mais acentuada que o esperado para a idade. “O diagnóstico do TDAH é realizado apenas por médicos especializados (psiquiatra, neuropediatra, neurologista), com base em critérios clínicos detalhados, entrevista com família, escola e anamnese aprofundada, e não cabe ao professor diagnosticar, mas, sim, observar se os sintomas são recorrentes em diferentes ambientes, por um período mínimo de seis meses, e orientar a busca de avaliação especializada”, avalia.

Mas como as escolas podem ajudar alunos a evitarem procrastinação, especialmente no final do ano? Algumas estratégias apontadas por pesquisas e recomendadas por portais educacionais oficiais sugerem algumas ações, como dividir tarefas grandes em partes menores, com prazos intermediários claros; auxiliar na organização do tempo, uso de agendas e checklists; estimular pequenas recompensas ou pausas regulares a cada meta alcançada; criar rotinas e ambientes menos propensos a distrações; incentivar técnicas ativas (resumos, mapas mentais, leitura em voz alta) e, sempre que possível, incluir momentos de acompanhamento e retorno frequente dos professores.

Vale lembrar, ainda, que independentemente do aluno proscrastinar ou ter TDAH, o nível de exigência em relação à aprendizagem e currículo não se altera. Afinal, todos os alunos têm direito à avaliação justa e ao desenvolvimento de seu potencial acadêmico. Porém, Renato lembra que, a legislação brasileira (Lei Brasileira de Inclusão e normativas do CNE e MEC) determina que sejam ofertadas adaptações razoáveis em caso de alunos com TDAH: avaliações diferenciadas, flexibilidade nos métodos, intervenções e acompanhamento extra, conforme laudo e orientações médicas. “Para procrastinadores sem laudo médico, as exigências seguem as mesmas dos demais, mas podem ser ofertadas orientações pedagógicas gerais e suporte psicológico se necessário. Adaptar procedimentos, mas não reduzir os objetivos de aprendizagem, é o princípio central para ambos os grupos”, conclui.

Direto ao ponto

A seguir, Thaís Davico, Débora Soares e Melaine Machado falam um pouco mais sobre o assunto.

Aventuras Maternas – A medicação é sempre necessária no TDAH?

Thaís Davico – Depende. A medicação vai atuar quando o prejuízo que o TDAH causar for significativo a ponto de a terapia não dar conta. A medicação não deve ser vista como vilã, nem banalizada, pois, nos casos de TDAH, ela traz foco e atenção para as tarefas mais exigentes e pouco compensativas. Porém, não é a cura do TDAH. Todos que possuem o transtorno precisam aprender a conviver com ele, e é aí que a Terapia Cognitivo-Comportamental entra, para ensinar habilidades de autorregulação, monitoramento da desatenção e organização da rotina de estudos. Aprender a estruturar o tempo, definir prioridades e dividir as tarefas em partes menores faz toda a diferença no desempenho e na autoestima. A medicação ajuda o cérebro a se organizar, mas é na rotina e nas estratégias aprendidas em terapia que o tratamento se consolida.

Aventuras Maternas – Famílias com sobrecarga emocional podem, de alguma forma, levar os filhos a procrastinar quando chegam na escola e o assunto é estudo?

Débora Soares – Sim. A casa é o primeiro espaço de regulação emocional, e os filhos acabam introjetando a dinâmica de funcionamento desse ambiente. Quando há sobrecarga, tensão constante ou falta de rotina, crianças e adolescentes internalizam esse padrão. Eles aprendem, de forma inconsciente, que “tudo pode esperar” ou que “não adianta tentar, porque o ambiente está caótico”. Além disso, a falta de previsibilidade emocional na família prejudica o desenvolvimento da autorregulação habilidade essencial para planejar, priorizar e manter o foco. Cuidar da saúde emocional da família é, portanto, também cuidar do desenvolvimento atencional e da disciplina dos filhos. Afinal, a vida acontece nas relações, e é nelas que crianças e adolescentes se nutrem emocionalmente. Eles bebem da fonte que o ambiente familiar oferece seja ela de equilíbrio e segurança, ou de tensão e desorganização.

Aventuras Maternas – O que os pais podem fazer para ajudar os filhos a evitar a procrastinação, especialmente no final do ano?

Débora Soares – O primeiro passo é reduzir a crítica e aumentar a estrutura de suporte. No fim do ano, o cansaço emocional é grande tanto dos pais quanto dos filhos e cobranças excessivas aumentam a resistência.

Monte uma rotina leve e previsível, com pequenas metas e pausas. Elogie o esforço, não apenas o resultado. Estimule o foco com ambientes organizados, sem excesso de estímulos visuais ou digitais. E, principalmente, ajude a criança a entender como se sente diante das tarefas ensinar a reconhecer emoções é também ensinar a gerenciá-las.

Melaine Machado – O fim do ano é um período de fadiga física e emocional, e o cérebro e o corpo já estão no limite. O primeiro passo dos pais é acolher essa exaustão e ajustar expectativas. A conexão vem antes da correção. Mais do que cobrar desempenho, o papel dos pais é ajudar o filho a se reencontrar com o prazer de aprender, e isso começa com vínculo, não com pressão. Algumas estratégias práticas são:

– Dividir tarefas grandes em etapas pequenas. O cérebro se motiva com conquistas visíveis;

– Validar as emoções: “Eu sei que está difícil começar, mas estou aqui pra te ajudar a dar o primeiro passo”;

– Garantir movimento, sono e pausas. Um corpo regulado aprende melhor;

– Criar rotinas previsíveis e leves. A previsibilidade traz segurança para o sistema nervoso;

– Oferecer experiências sensoriais e corporais. A psicomotricidade mostra que o movimento é uma ponte entre corpo, emoção e pensamento.

Tags: educação infantilescolaTDAH
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Priscila Correia (@aventurasmaternas) é jornalista, casada e mãe de 2 meninos, Theo e Benjamin. Autora de livros infantis, adora viajar e escrever sobre educação e saúde. Tem diagnóstico de Superdotação, assim como seus dois filhos, e gosta de falar sobre o assunto. É colunista da AnaMaria Digital, onde compartilha matérias sobre maternidade, infância e adolescência.

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