Um corte, uma picada de inseto ou até um machucado aparentemente inofensivo pode esconder algo mais sério. Foi o que aconteceu com o DJ Felipe Poeta, filho da apresentadora Patrícia Poeta, internado após uma infecção no joelho que exigiu cirurgia. O episódio trouxe à tona um tema que passa despercebido por muita gente, mas que pode afetar qualquer pessoa: as infecções.
Por trás de um quadro febril ou de uma vermelhidão na pele pode estar um processo infeccioso que o corpo tenta combater. Quando o organismo não dá conta sozinho, o problema pode se espalhar e atingir outras partes do corpo. Mas como isso acontece?
O que acontece no corpo durante uma infecção?
Segundo Jéssica Ramos, médica infectologista do Hospital Sírio-Libanês, as infecções surgem quando microrganismos como vírus, bactérias ou fungos entram no corpo e começam a se multiplicar. “Eles podem chegar por várias portas de entrada: o ar, a boca, a pele ou o contato íntimo. Nosso organismo tem defesas naturais, mas quando elas ficam mais fracas, por estresse, sono ruim, má alimentação ou doenças, esses invasores podem causar problemas”, explica.
A maioria das pessoas associa o termo “infecção” a algo visível, como febre, pus ou dor, mas nem sempre é assim. “Algumas infecções mostram logo de cara que algo está errado, mas outras passam despercebidas por semanas ou meses, como certas infecções virais, por exemplo as hepatites”, completa Jéssica.
Exemplos e riscos de infecção
As infecções podem ocorrer em diferentes regiões do corpo e variam em gravidade. Há as respiratórias, como pneumonia e gripe; urinárias, que podem atingir os rins; de pele, como furúnculos e celulite bacteriana; e sexualmente transmissíveis, como sífilis e clamídia.
“Uma infecção que começa pequena pode se agravar se não for tratada. Uma ferida na pele pode atingir a corrente sanguínea; uma infecção urinária pode subir e comprometer os rins”, explica a médica.
Em casos mais sérios, o quadro evolui para infecção generalizada (septicemia), quando o organismo reage de forma intensa à presença do microrganismo, podendo comprometer órgãos vitais.
Como evitar que isso aconteça?
A prevenção é simples e começa com hábitos básicos. Lavar as mãos várias vezes ao dia, manter as vacinas em dia, evitar compartilhar objetos pessoais e consumir alimentos e água de origem segura são atitudes que reduzem significativamente o risco de contaminação.

Outra recomendação importante é jamais usar antibióticos por conta própria. “O uso inadequado pode fazer com que o remédio perca o efeito quando realmente for necessário e mascarar sintomas importantes”, alerta Jéssica.
Quando procurar ajuda médica?
Os sinais de infecção podem ser sutis no início: uma dor leve, um inchaço que não melhora, um mal-estar persistente. A médica orienta que o ideal é buscar atendimento o quanto antes. “O médico vai avaliar os sintomas, pedir exames se necessário e indicar o tratamento correto. E é essencial seguir o tratamento até o fim para evitar recaídas.”
Receitas caseiras, pomadas antigas ou o uso de medicamentos sem prescrição são atitudes que podem agravar o quadro e atrasar o diagnóstico.
Ouvir o próprio corpo é o primeiro passo para evitar complicações. Pequenas alterações, como febre, cansaço fora do comum ou dor em um local específico, podem ser o sinal de que o organismo está reagindo a uma infecção. Reconhecer esses indícios e buscar ajuda médica rapidamente pode fazer toda a diferença entre um problema simples e uma internação.
Resumo:
Infecções acontecem quando vírus, bactérias ou fungos entram no organismo e se multiplicam. Elas podem surgir após ferimentos, pela respiração ou ingestão de alimentos contaminados. Identificar sintomas precoces e procurar atendimento médico é fundamental para evitar complicações graves.
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