Uma menina de 11 anos morreu na semana passada em Praia Grande, no litoral de São Paulo, em decorrência de meningite tipo C. A criança estava internada no Hospital Irmã Dulce, mas não resistiu. A Prefeitura informou que até o momento nenhum familiar ou colega de escola apresentou sintomas compatíveis com a doença.
Após o caso, a administração municipal realizou vistoria e higienização na escola onde a menina estudava, além de orientar pais e alunos sobre sinais de alerta e medidas preventivas. O estado vacinal da vítima não foi divulgado.
O que é meningite?
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa infecção pode ser causada por vírus, fungos ou bactérias, sendo as bacterianas as mais graves, pela rapidez de evolução e maior risco de complicações.
A meningite tipo C, responsável pelo caso em Praia Grande, é provocada pela bactéria Neisseria meningitidis, também conhecida como meningococo. No Brasil, os tipos B e C são os mais registrados, segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Sintomas e evolução da doença
Os sinais da meningite costumam aparecer de forma súbita e exigem atenção imediata. Entre os sintomas mais comuns estão febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, náuseas, vômitos e, em alguns casos, convulsões. Crianças pequenas e idosos podem apresentar manifestações atípicas, o que dificulta o diagnóstico precoce.
A infecção bacteriana pode evoluir rapidamente, comprometendo o sistema nervoso central e a corrente sanguínea. Em quadros mais graves, pode causar confusão mental, queda de pressão e levar ao óbito em poucas horas se não houver tratamento adequado.

Como ocorre a transmissão
A meningite causada por vírus ou bactérias é contagiosa e se transmite pelo contato direto com secreções respiratórias ou saliva de pessoas infectadas. O risco aumenta em ambientes fechados ou com aglomeração, como escolas e transportes coletivos. Beijos, tosse, espirros e o compartilhamento de copos ou talheres são formas comuns de disseminação.
Vacinação e prevenção
A vacinação é a principal forma de prevenção contra a meningite. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece vacinas que protegem contra os principais tipos de meningococo (A, B, C, W e Y).
As doses recomendadas são:
– Meningocócica C aos 3 e 5 meses de idade;
– Reforço com a vacina ACWY aos 12 meses;
– Nova dose de meningocócica C ou ACWY entre 11 e 14 anos.
A vacina contra o tipo B está disponível na rede privada e é indicada conforme avaliação médica.
Além da imunização, medidas simples ajudam a reduzir o risco de transmissão, como evitar o compartilhamento de utensílios, manter os ambientes ventilados e procurar atendimento médico ao primeiro sinal de febre alta e rigidez no pescoço.
Resumo:
A meningite C é uma infecção bacteriana grave que pode evoluir rapidamente e causar complicações fatais se não for tratada a tempo. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção, complementada por hábitos de higiene e atenção aos sintomas iniciais.
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