Mais de 6,5 milhões de brasileiros enfrentam desafios por deficiência visual. O See Color, tecnologia da UFPR, transforma cores em informações táteis, promovendo autonomia e inclusão.
Qual é a origem do See Color?
O See Color surgiu na Universidade Federal do Paraná (UFPR), dentro de um projeto interdisciplinar de tecnologias assistivas. Desenvolvido por uma artista plástica durante o doutorado, o sistema converte cores em códigos táteis baseados na posição de ponteiros de um relógio, permitindo que pessoas cegas ou com baixa visão reconheçam quase 100 tonalidades apenas pelo tato.
Inspirado na Teoria das Cores e na simplicidade do relógio analógico, o método foi projetado para ser intuitivo, acessível e universal, ultrapassando limitações do Braille, como espaço físico e barreiras linguísticas.

Por que o See Color chama tanta atenção?
A cor é parte fundamental do cotidiano: está nos semáforos, embalagens, alimentos e roupas. Para quem tem deficiência visual, essas informações são inacessíveis. O See Color transforma algo invisível em experiência sensorial, garantindo autonomia, independência e inclusão.
O método é patenteado, e seu sucesso é evidenciado pelo engajamento em escolas. Alunos vendam os olhos e interagem com kits pedagógicos, aprendendo o código tátil de forma lúdica. Segundo professores, a tecnologia não apenas ensina cores, mas estimula empatia e colaboração.
Quais elementos tornam o See Color único?
- Código tátil universal: baseado em posições do relógio, aplicável a qualquer cor primária, secundária ou neutra.
- Variedade de tonalidades: pontos adicionais indicam claro ou escuro, e semicírculos representam cores metálicas.
- Kits pedagógicos: voltados para crianças, adultos e educadores, promovendo aprendizado prático.
- Patente e inovação brasileira: desenvolvido na UFPR, garantindo exclusividade e credibilidade.
Quem vai gostar do See Color?
- Pessoas com deficiência visual que buscam autonomia.
- Educadores que desejam promover inclusão e criatividade em sala de aula.
- Instituições interessadas em inovação educacional e acessibilidade.
- Toda a sociedade que valoriza empatia e aprendizado coletivo.
Quais curiosidades envolvem a tecnologia?
- O See Color já é usado em escolas de Norte a Sul do Brasil, incluindo Borba (AM) e o Rio Grande do Sul.
- Premiações nacionais e internacionais incluem o IUAD Award (Japão, 2024), Prêmio Viva Inclusão, Prêmio Empreendedora Curitibana e menção honrosa da Assembleia Legislativa do Paraná.
- O sistema permite identificar cores sem depender da linguagem escrita, tornando-o inclusivo para pessoas que perdem a visão na vida adulta.
- Projetos futuros incluem a criação de um instituto dedicado ao See Color para ampliar seu alcance e inclusão em políticas públicas.
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O que esperar do futuro do See Color?
O See Color mostra como a tecnologia pode ser universal e transformadora. Com potencial de uso em escolas regulares, ele estimula aprendizado inclusivo, empatia e criatividade. A expectativa é que, ao consolidar parcerias e expandir recursos, o método alcance mais cidades, impactando a vida de milhões de brasileiros com deficiência visual.
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