A Inteligência Artificial (IA) vem transformando a forma como trabalhamos, estudamos e nos relacionamos. Mas, em meio a tantas ferramentas automatizadas, uma habilidade antiga voltou a ganhar destaque: a oratória. Falar bem — e com propósito — nunca foi tão importante.
A fala como diferencial humano
“Em um mundo em que respostas são geradas por robôs e e-mails são escritos por algoritmos, a maneira como uma pessoa se comunica se tornou um dos maiores diferenciais profissionais”, afirma o advogado e professor de oratória Dr. William Zenon.
Segundo o especialista, a oratória moderna vai muito além de apresentações e discursos. “Ela está presente nas reuniões online, nas entrevistas, nas negociações e até nas mensagens de voz enviadas por aplicativos”, explica.
A fala, para Zenon, é algo intrínseco ao ser humano — e carrega sempre uma mensagem que vai além do som emitido. “Mais do que dominar técnicas, o desafio é desenvolver quatro competências essenciais”, ressalta:
Autenticidade – falar com verdade, sem imitar estilos prontos;
Empatia – adaptar a mensagem ao momento e à emoção do outro;
Clareza – transformar ideias complexas em algo compreensível;
Intenção – ter um objetivo real por trás de cada fala, seja informar, inspirar ou acolher.
“Esses pilares se aplicam a qualquer área: da saúde à educação, do direito à tecnologia. Afinal, comunicar-se bem é o que sustenta os relacionamentos — sejam pessoais, profissionais ou digitais”, conclui o professor.
IA como aliada da comunicação
A chegada da IA não substituiu a voz humana, mas ampliou o alcance da comunicação. Ferramentas como assistentes virtuais, tradutores automáticos e geradores de texto ajudam a estruturar ideias, revisar falas e até treinar apresentações.
Por outro lado, há um alerta importante. “A qualidade da comunicação gerada pela IA depende da qualidade de quem a alimenta. Se os comandos forem impessoais ou confusos, o resultado tende a ser frio e mecânico”, explica Michele Amaral, professora e estrategista de IA aplicada à comunicação e experiência do cliente.
Para ela, a oratória e a comunicação via IA não são opostas — são complementares. “Quem domina a oratória tem uma vantagem: consegue ensinar à máquina como se comunicar com naturalidade e empatia — atributos que continuam sendo exclusivamente humanos”, destaca.
O novo papel da oratória
A oratória deixou de ser uma habilidade restrita a líderes e palestrantes. Hoje, é considerada uma competência essencial para qualquer profissional que deseje ser ouvido, compreendido e lembrado.
Empresas já incluem treinamentos de comunicação e storytelling em seus programas internos. Educadores usam técnicas de oratória para tornar as aulas mais envolventes. E criadores de conteúdo investem em cursos de voz e expressão para se destacar nas redes sociais. “Tenho visto o público dos meus cursos de oratória se diversificar muito nos últimos anos”, comenta Dr. Zenon.
Enquanto isso, a IA assume o papel de parceira: ajuda a ensaiar, corrigir e até simular plateias virtuais. Michele, que há mais de uma década atua liderando equipes e projetos, sendo sete anos na área de sucesso do cliente, observa que a comunicação eficiente ainda é um desafio — mesmo com tanta tecnologia disponível.
“A IA amplifica o humano, mas nem todos sabem usar essa ferramenta para facilitar a própria comunicação. Por isso, desenvolvi um método específico e o desdobrei em um Agente GPT, para ajudar profissionais a encontrarem sua voz dentro do universo digital”, explica.
Ela acrescenta que o tom emocional — aquele que gera conexão e confiança — ainda depende da sensibilidade humana. “Mas é algo que também pode ser treinado”, afirma.
Tecnologia e emoção: uma dupla necessária
A combinação entre oratória e IA mostra que o futuro da comunicação será híbrido: tecnológico na forma, mas profundamente humano na essência.
De um lado, a máquina oferece velocidade, precisão e escala. Do outro, o ser humano traz emoção, intenção e contexto — elementos que nenhuma programação consegue replicar por completo.
“Em tempos de mensagens instantâneas e respostas automáticas, talvez a grande tendência não seja falar mais, mas falar melhor”, finaliza Dr. Zenon.
Nesse cenário, a oratória — renovada e aliada à inteligência artificial — volta a ocupar o lugar que sempre foi seu: o de construir pontes entre pessoas.
“Comunicar-se bem continua sendo uma arte — mesmo na era dos algoritmos”, completa Michele Amaral.

Dr. William Zenon Advogado, professor universitário e palestrante, especializado em Direito Médico e Direito do Trabalho. Sócio fundador do escritório William Zenon Sociedade de Advocacia, Presidente da Comissão de Direito Médico da OAB de Carmo do Cajuru.
INSTAGRAM : DR.WILLIAMZENON TELEFONE/WHATSAPP: 31 99420-6706 (PROFISSIONAL)

Michele Amaral
Estrategista em Customer Success e Customer Experience, professora e palestrante, com mais de 10 anos de experiência na gestão de times, relacionamento com clientes e aplicação de Inteligência Artificial à comunicação humana. Criadora do método F.A.L.A.R., que une técnica e empatia para desenvolver profissionais com clareza e propósito.
Autora do projeto @gestaodami, é referência em comunicação humanizada, sucesso do cliente e inovação em escala.
🌐 Site: cspratico.com.br
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