O setor gastronômico tem ganhado destaque entre os novos empreendedores brasileiros. De acordo com o Sebrae, mais de 6% dos microempreendedores individuais (MEIs) do país atuam em serviços de alimentação e bebidas, um número que vem crescendo com a busca por experiências autênticas e personalizadas. A tendência aponta para um movimento em que comer fora deixou de ser apenas uma necessidade e passou a ser uma forma de conexão, lazer e expressão cultural.
Nesse cenário, a Empresária Daniele Martignago se destaca pela visão sensível e estratégica sobre o papel da experiência na gastronomia. Criadora e curadora de vivências imersivas, ela acredita que o sucesso de um negócio vai além do cardápio. “As pessoas buscam sentir algo. Não é só sobre o prato, é sobre o ambiente, o atendimento, o cheiro e até a música. Tudo faz parte da memória afetiva que o cliente leva consigo”, afirma.
Daniele observa que a gastronomia vem se tornando um campo de experimentação criativa, especialmente em cidades turísticas e culturais como Embu das Artes. Para ela, o segredo do empreendedor moderno está na combinação entre autenticidade e gestão eficiente. “É preciso sensibilidade para criar algo único, mas também muita técnica e disciplina para manter o negócio sustentável. Paixão sem planejamento não se sustenta”, diz.
Nos últimos anos, o público passou a valorizar ainda mais experiências que unam estética, acolhimento e propósito. Isso tem impulsionado empreendimentos de pequeno e médio porte que apostam em narrativas próprias, explorando elementos locais e emocionais. “Hoje, o cliente quer pertencer a uma história. Ele volta não apenas porque gostou da comida, mas porque se identificou com o que o lugar transmite”, comenta Daniele.
Apesar das oportunidades, ela ressalta que empreender na gastronomia ainda é um desafio que exige preparo e resiliência. “É um mercado dinâmico, competitivo e que depende de pessoas. É preciso lidar com imprevistos e, ao mesmo tempo, manter o encantamento. Mas quando se faz com propósito, o retorno vai muito além do financeiro”, conclui.








