Pesquisadores da UEPB criam dispositivo capaz de identificar bebidas adulteradas antes do consumo.
Pesquisadores do Departamento e Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) desenvolvem um canudo capaz de detectar a presença de metanol e outras substâncias que adulteram bebidas alcoólicas. A tecnologia promete aumentar a segurança de consumidores e estabelecimentos em todo o Brasil.
O dispositivo é resultado de pesquisas iniciadas há dois anos, a partir de um sistema que identifica destilados fraudados mesmo em garrafas lacradas, utilizando radiação infravermelha e análise das frequências de vibração das moléculas.
Qual é a origem do canudo que detecta metanol?
O projeto começou no Laboratório de Química Analítica e Quimiometria da universidade, com foco na avaliação da qualidade da cachaça produzida na Paraíba. Com o aumento dos casos de intoxicação por metanol no país, a equipe adaptou a pesquisa para incluir a detecção rápida da substância, presente em bebidas clandestinas.
O Brasil registrou 47 casos de intoxicação e nove mortes recentes, segundo o Ministério da Saúde, com outras 57 ocorrências ainda em investigação.
Por que o canudo que detecta metanol chama tanta atenção?
O método utiliza radiação infravermelha para analisar a composição das bebidas. Quando a luz incide sobre o líquido, as moléculas alteram suas frequências de vibração de forma única. Um software processa os dados e informa, em um display, a presença de compostos adulterantes com 97% de precisão.
Além disso, o dispositivo é pensado para ser sustentável, barato e de fácil utilização, funcionando de forma semelhante a um teste de gravidez.
Como funciona o canudo colorimétrico?
O canudo contém reagentes empacotados em uma mídia protegida. Ao entrar em contato com a bebida, o líquido sobe por capilaridade e reage com os compostos químicos, provocando uma mudança de cor visível no exterior do canudo.
Segundo o pesquisador Railson de Oliveira Ramos, “isso permitirá que distribuidores, bares e restaurantes verifiquem rapidamente se a bebida contém metanol, sem risco de exposição direta ao reagente”.
Quem vai se beneficiar do canudo que detecta metanol?
- Consumidores que desejam maior segurança ao beber em festas, bares e restaurantes.
- Distribuidoras e fabricantes que buscam garantir a qualidade de seus produtos.
- Autoridades sanitárias que precisam identificar bebidas adulteradas de forma rápida.
O dispositivo é planejado para ser produzido em larga escala, com baixo custo, garantindo acessibilidade e maior cobertura no mercado nacional.
Leia também: Como identificar produtos adulterados com metanol?
Quais curiosidades envolvem a criação do canudo?
- A tecnologia foi apresentada ao Ministério da Saúde, que avalia transformá-la em política pública.
- O canudo é biodegradável e descartável, alinhado à sustentabilidade.
- O kit indica apenas a presença ou ausência de metanol, não sua quantidade exata.
- Inspirado em métodos cromatográficos, o canudo protege o usuário do contato direto com os reagentes químicos.
Qual o futuro do canudo que detecta metanol?
A próxima etapa envolve testes com amostras reais e produção em escala. A expectativa é que o dispositivo esteja disponível para distribuidores e consumidores em breve, oferecendo uma solução prática e segura contra bebidas adulteradas.
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