Dermatologistas em geral não aplicam esfoliantes com partículas duras, como cascas de nozes esmagadas ou sementes, porque causam microfissuras e rompem a barreira cutânea. Em vez disso, preferem ácidos suaves (como alfa-hidroxiácidos) em concentrações controladas.
Essa prática protege o manto lipídico natural da pele e previne inflamações, sensibilização e agravamento de condições como rosácea ou pele sensível.
Por que muitos dermatologistas evitam usar sabão em barra comum no rosto?
Embora o sabão seja eficaz para limpeza corporal, ele frequentemente tem pH alto e detergentes agressivos que ressecam a pele facial. Dermatologistas preferem cleansers pH balanceados e fórmulas suaves, sem sulfatos potentes.
Esse cuidado evita o rompimento do estrato córneo e mantém a função de barreira, reduzindo o risco de irritação crônica e sensibilidade.
Que cremes antibióticos ou pomadas eles evitam aplicar sem indicação?
Mesmo com acesso a formulações médicas, dermatologistas evitam o uso indiscriminado de cremes antibióticos tópicos (como neomicina) no rosto sem supervisão, pois podem provocar dermatite de contato e desequilíbrio da microbiota cutânea.
Eles recorrem a tais produtos apenas quando indicado clinicamente e por tempo limitado, priorizando substâncias como peróxido de benzoíla ou ácido salicílico em formulações controladas, quando apropriado.
Por que não “gambiarras” ou receitas caseiras no rosto?
Truques populares — como aplicar vinagre forte, bicarbonato ou misturas caseiras sem controle de pH — são evitados por dermatologistas. Essas práticas podem agredir a pele, causar queimaduras químicas ou hipersensibilidade.
Profissionais sabem que pele facial exige dose, veículo e compatibilidade rigorosos, por isso preferem fórmulas testadas, seguras e ajustadas para cada tipo de pele.
Como decisões de design e marketing influenciam o que eles evitam usar?
Mesmo dentro da indústria cosmética, muitos dermatologistas evitam certas tendências virais. Exemplos incluem “máscaras de LED” comerciais, ingredientes super promovidos como certos extratos exóticos ou óleo de carne bovina (beef tallow) em formulações faciais, que embora “naturais” podem obstruir poros ou causar reações adversas.
Eles preferem ingredientes com respaldo científico, rótulos transparentes (não com “mistura exótica” misteriosa) e produtos isentos de fragrância agressiva, álcool forte ou conservantes liberadores de formaldeído.
O que podemos aprender com essas escolhas profissionais?
O que os dermatologistas nunca usam no próprio rosto nos ensina a priorizar pele saudável em vez de efeitos imediatistas. A escolha por fórmulas suaves, medicamentos indicados, proteção solar e cuidado consciente constrói uma rotina sustentável.
Quando assumimos a perspectiva de quem conhece profundamente a pele, evitamos exageros. E isso reforça um princípio essencial: menos pode ser mais, desde que bem formulado, seguro e respeitoso com a biologia da pele.