Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, participou do ‘Encontro’ desta terça-feira (12). No programa, a administradora lamentou a possível soltura de Alexandre Nardoni, condenado pela morte da própria filha, assassinada em março de 2008, aos 5 anos.
O pai da menina foi condenado a 30 anos e 1 mês de prisão, enquanto Anna Carolina Jatobá, a madrasta, a 26 anos. No entanto, ela já está em regime aberto desde o ano passado, e o assassino pode também progredir a pena em abril, após 16 anos na cadeia.
A mãe de Isabella desabafou sobre o benefício, concecido a ele por ter trabalhado na prisão e lido um livro: “Me sinto ofendida como mãe e até em memória da minha filha. A gente sabe que vai acontecer, mas não espera que isso aconteça”.
“Sabendo tudo o que aconteceu, vivendo esse luto, me sinto bem triste por tudo isso”, acrescentou Ana, que considera que a justiça foi feita na época do crime: “Mas é bem pouco tempo pelo tamanho do crime que aconteceu. Sabendo que minha filha não vai voltar, ter essa oportunidade. Ela não vai viver“.
CRÍTICAS À JUSTIÇA
Ainda no bate-papo com Patrícia Poeta, a mãede Isabella seguiu criticando o sistema penal brasileiro: “O que me indigna são esses benefícios. Ser preso é se privar, ficar privado de executar as mesmas funções que um cidadão que não cometeu um crime”.
“A partir do momento que pode sair no Dia das Mães, no Dia dos Pais, nos feriados, cometer o crime e poder estar na rua, então vale a pena cometer um crime? Viver bem, dormir na sua casa é uma privação? Não é uma privação”, continuou.
O LUTO
Ana Carolina falou como vive o luto pela morte de Isabella Nardoni, 16 anos após o caso que chocou o Brasil. Ela teve dois filhos, Miguel e Maria Fernanda, após a morte da primeira filha. A dupla ajuda a relembrar a relação com a primogênita.
“Como tive oportunidade de ter meus outros filhos, procuro ter lembranças dela. A cicatriz vai se fechando, fica uma lembrança, óbvio que penso como seria minha vida com ela, com os irmãos, ela completaria 22 anos. O que faríamos juntas, o que seria de bom para nós, guardo esse tipo de lembrança e não como ela morreu, sem lamentações, porque acho que isso adoece.”