A morte de Diane Keaton, anunciada no último sábado (11), deixou uma lacuna no cinema mundial. A informação foi divulgada pela revista People. A atriz, que tinha 79 anos e faleceu na Califórnia (EUA), conquistou plateias com personagens inesquecíveis e uma carreira marcada pela autenticidade.
A artista era mãe de dois filhos adotivos, Dexter, de 29 anos, e Duke, de 25, que ela criou sozinha e com muito afeto. Aos 50 anos, Diane Keaton iniciou o processo de adoção de Dexter e, cinco anos depois, de Duke.
Reconhecida por papéis premiados, como o de Annie Hall, e por sua versatilidade em gêneros que vão da comédia ao drama, a estrela deixa um legado que atravessa gerações. A seguir, relembramos cinco filmes que marcaram sua trajetória e mostraram por que ela se tornou um ícone do cinema americano.
O Poderoso Chefão (1972)
A carreira de Diane Keaton deu um salto em 1972, quando ela interpretou Kay Adams, a esposa de Michael Corleone, em O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola. O filme, considerado um dos maiores clássicos da história, apresentou a atriz a um público global e consolidou seu talento ao lado de nomes como Marlon Brando e Al Pacino.
Nas sequências de 1974 e 1990, Diane retomou o papel, aprofundando a complexidade emocional da personagem e mostrando sua habilidade em retratar mulheres fortes, mesmo em meio a um universo dominado por homens.
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977)
Em 1977, Diane Keaton protagonizou aquele que se tornaria o papel mais marcante de sua carreira: Annie Hall, no clássico Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, dirigido por Woody Allen. O papel, escrito especialmente para ela, rendeu à atriz o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Atriz.
Na trama, Annie é uma cantora em início de carreira que vive um relacionamento cheio de altos e baixos com o humorista Alvy Singer. Com leveza e carisma, Diane deu vida a uma mulher complexa e real — um retrato que inspirou gerações e influenciou o estilo das comédias românticas modernas.
O Pai da Noiva (1991)
Nos anos 1990, Diane Keaton voltou a conquistar o público com O Pai da Noiva, ao lado de Steve Martin. O longa conta a história de Annie, uma jovem que retorna do exterior e anuncia seu casamento, bagunçando a vida dos pais.
Com humor e ternura, o filme virou um clássico da Sessão da Tarde e reforçou a imagem de Diane como uma atriz que domina o timing da comédia familiar. O sucesso foi tanto que uma sequência chegou aos cinemas quatro anos depois, repetindo a boa química entre o elenco.
Alguém Tem que Ceder (2003)
Em 2003, Diane Keaton mostrou que talento e charme não têm idade. Ao lado de Jack Nicholson, ela protagonizou Alguém Tem que Ceder, interpretando a dramaturga Erica Barry — uma mulher madura, independente e divertida.
O filme apresenta um triângulo amoroso inesperado e trata o envelhecer com humor e sensibilidade. A atuação rendeu à atriz o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia e mais uma indicação ao Oscar.
Do Jeito que Elas Querem (2018)
Mais de quatro décadas após sua estreia, Diane Keaton voltou aos cinemas com Do Jeito que Elas Querem (2018). Ao lado de Jane Fonda, Candice Bergen e Mary Steenburgen, ela interpretou uma das quatro amigas que decidem ler Cinquenta Tons de Cinza em um clube do livro.
A leitura, que começa como diversão, transforma a vida das personagens e mostra que nunca é tarde para redescobrir o amor e o prazer. A produção reafirma a mensagem que Diane sempre transmitiu: a vida é cheia de recomeços, inclusive depois dos 60.
Resumo: A trajetória de Diane Keaton é um retrato da mulher moderna: independente, autêntica e capaz de se reinventar em qualquer fase da vida. De O Poderoso Chefão a Do Jeito que Elas Querem, sua arte segue inspirando quem acredita que envelhecer também é continuar vivendo intensamente.
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