Um levantamento realizado pelo Google revelou que 26% dos brasileiros utilizam a plataforma como primeira fonte de informação ao se depararem com problemas de saúde. O estudo indica ainda que o Brasil lidera o crescimento global nas buscas sobre saúde, com aumento de 17,3% no último ano, índice superior ao de outras categorias, como cuidados com cabelos (3%) e maquiagem (-4%).
O relatório aponta que mais de 70% da população não possui plano de saúde, mas cerca de 70% está conectada à internet, o que transforma a web em uma ferramenta central de acesso à informação. Embora esse cenário contribua para democratizar o conhecimento, especialistas alertam para riscos, como automedicação e cibercondria – quando o excesso de pesquisas leva à ansiedade ou à convicção de ter uma doença grave.
Para reduzir os impactos negativos, o Google tem firmado parcerias com instituições como o Hospital Albert Einstein e a Fiocruz, produzindo conteúdos qualificados sobre sintomas, causas e tratamentos. Ainda assim, a pesquisa mostra que a confiança no “Dr. Google” cresce em ritmo acelerado, evidenciando a importância de informações confiáveis e acessíveis na internet.
Como usar a internet sem cair em armadilhas
Buscar informações de saúde online pode ser útil, mas exige cuidados. Priorize sites institucionais, como Ministério da Saúde, Fiocruz, hospitais de referência e sociedades médicas. Evite fóruns e redes sociais como única fonte de consulta, já que muitas vezes espalham mitos e informações sem comprovação científica.
Quando desconfiar da automedicação
Um dos maiores riscos ao pesquisar sintomas no Google é tentar se medicar por conta própria. O uso inadequado de antibióticos, por exemplo, contribui para a resistência bacteriana, enquanto o consumo excessivo de analgésicos pode sobrecarregar o fígado e os rins. O alerta é claro: medicamentos só devem ser usados com orientação profissional.
O que é cibercondria
O termo descreve a ansiedade gerada por excesso de buscas sobre saúde. Pessoas com cibercondria passam horas pesquisando sintomas comuns, como dor de cabeça ou fadiga, e acabam acreditando que têm doenças graves, o que pode afetar o bem-estar emocional e até atrapalhar o diagnóstico médico real.
O papel do médico na era digital
Levar dúvidas de pesquisas para a consulta pode ser positivo, desde que o médico seja incluído como referência final de confiança. Cada pessoa tem histórico, genética e condições únicas que só podem ser avaliadas em atendimento profissional. A internet ajuda a informar, mas o diagnóstico deve vir sempre do especialista.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1486, de 12 de setembro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.