Nos últimos anos, alguns famosos brasileiros, como os ex-BBBs Caio Afiune, Davi Brito e Eliezer, têm exibido nas redes sociais os resultados de cirurgias estéticas para esculpir o abdômen, como a lipo LAD avançada. Esse movimento, somado à visibilidade internacional da técnica conhecida como “ab etching”, vem impulsionando um fenômeno: cresce a procura de pacientes homens que desejam conquistar o abdômen marcado — o famoso “tanquinho” — mesmo entre aqueles que já mantêm dieta rigorosa e rotina de academia.
O cirurgião plástico Dr. Regis Ramos explica que cada corpo reage de forma diferente à lipoaspiração de alta definição, e que compreender as diferenças anatômicas entre homens e mulheres é fundamental para alcançar resultados naturais e seguros.
“Nos homens, a tendência é acumular mais gordura na região abdominal, enquanto as mulheres concentram maior volume em quadris e coxas. Além disso, a pele masculina costuma ser mais espessa, fator que pode influenciar na cicatrização. Já as mulheres, principalmente após a gestação, podem apresentar diástase — separação dos músculos retos abdominais. A genética também tem papel importante na forma como a gordura se distribui, impactando diretamente a escolha do procedimento”, explica o especialista.
O Dr. Regis ressalta que o padrão de abdômen definido, muito difundido por celebridades, aumenta a procura pelo procedimento entre homens. Contudo, ele alerta: “O papel do cirurgião não é vender uma imagem irreal, mas orientar o paciente sobre os limites do corpo e respeitar sua individualidade”.
Entre os métodos aplicados estão a lipoaspiração tradicional, para remoção de gordura em excesso, a Lipo LAD (Lipo de Alta Definição), que realça a musculatura ao retirar gordura de pontos estratégicos e o Ab etching, técnica que cria sulcos na região abdominal simulando a definição muscular.
De acordo com Regis Ramos, o procedimento é indicado para pacientes com baixo percentual de gordura corporal, que mantêm rotina de exercícios e possuem expectativas realistas. Por outro lado, não é recomendado em casos de doenças pré-existentes, grandes oscilações de peso, pele com baixa elasticidade ou cicatrizes que possam comprometer o resultado.
Riscos e manutenção
Assim como qualquer cirurgia, existem riscos, incluindo hematomas, infecções e assimetrias. O pós-operatório exige cuidados rigorosos, uso de cintas, controle do inchaço e acompanhamento médico. Para manter o resultado, é fundamental seguir hábitos saudáveis, evitando o efeito sanfona.