O último boletim médico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), divulgado na quarta-feira (17), confirmou a presença de carcinoma de células escamosas in situ, um tipo superficial de câncer de pele. Ele recebeu alta do Hospital DF Star, em Brasília, após internação para tratar sintomas de vômitos, tontura e queda de pressão arterial.
Segundo a equipe médica, oito lesões foram removidas da pele do ex-presidente no domingo (14). Em duas delas, os exames mostraram alterações compatíveis com o carcinoma de células escamosas. Por isso, os médicos recomendaram acompanhamento clínico contínuo e reavaliação periódica para evitar complicações.
Durante a internação, Bolsonaro apresentou melhora significativa após receber hidratação e medicamentos via endovenosa. As lesões detectadas localizam-se no tórax e em um dos braços e foram classificadas como precoces, o que aumenta as chances de sucesso no tratamento.
O que é carcinoma de células escamosas
O carcinoma de células escamosas é uma forma de câncer de pele que se inicia na epiderme, camada mais superficial da pele. O termo “in situ” significa que a doença ainda não atingiu tecidos mais profundos. Embora não seja considerada invasiva nesse estágio, pode evoluir para tumores mais agressivos se não tratada.
Essa condição se manifesta com frequência em áreas expostas ao sol, como rosto, orelhas, couro cabeludo e dorso das mãos. No entanto, também pode surgir em mucosas. Pessoas de pele clara, que passaram por exposição solar intensa ou utilizaram bronzeamento artificial, apresentam risco mais elevado de desenvolver a doença.
Clinicamente, a lesão costuma aparecer como uma mancha avermelhada, descamativa ou com crostas. Muitas vezes, pode ser confundida com inflamações comuns da pele, o que reforça a importância de procurar um dermatologista ao notar qualquer alteração.
Sintomas comuns do câncer de pele
O câncer de pele do tipo escamoso pode causar sinais que variam de acordo com o local da lesão. Segundo informações da Cleveland Clinic (EUA), os sintomas mais frequentes são:
- Manchas ou feridas avermelhadas que não cicatrizam;
- Lesões ásperas ou elevadas que podem sangrar;
- Áreas planas e descamativas, que aumentam progressivamente de tamanho;
- Caroços endurecidos com crostas na superfície.
Além disso, alterações em mucosas também podem indicar a presença de lesões. A queilite, por exemplo, é uma inflamação no lábio inferior que deixa a pele ressecada, pálida e suscetível a rachaduras. Já a leucoplasia aparece como manchas esbranquiçadas na boca, língua, gengivas ou bochechas, podendo evoluir para câncer oral.
Formas de tratamento e prevenção
O diagnóstico definitivo do carcinoma de células escamosas ocorre por meio de biópsia. A partir disso, o médico define o tratamento mais adequado, que pode incluir cirurgia, crioterapia, medicamentos tópicos ou procedimentos a laser. Quando identificado cedo, as chances de cura são altas.
Para reduzir os riscos, especialistas reforçam que a proteção solar diária é indispensável. Além disso, manter consultas regulares com o dermatologista ajuda a detectar possíveis alterações antes que elas avancem. No caso de Jair Bolsonaro, como a doença foi identificada em estágio inicial, a prevenção será essencial para evitar complicações futuras.
Resumo: O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu o diagnóstico de carcinoma de células escamosas in situ, um tipo inicial de câncer de pele. Apesar de não ser invasivo, o quadro exige acompanhamento médico regular. A doença costuma se manifestar em áreas expostas ao sol e pode ser prevenida com uso de protetor solar e consultas dermatológicas.
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