Em Pavlovsk, nos arredores de São Petersburgo (Rússia), a esportista radical Elizaveta Gushchina, de 45 anos, morreu em seu aniversário ao tentar tirar uma selfie após pular de uma torre de bungee jump. A queda de cerca de 289 metros ocorreu quando ela escorregou em uma tábua molhada enquanto retornava à plataforma para registrar o momento com o filho de 22 anos, sem estar com o cinto de segurança posicionado corretamente.
Um incidente semelhante ocorreu há pouco no sul da Ásia: uma turista russa de 53 anos caiu de um trem em movimento ao tentar tirar uma selfie e morreu em Sri Lanka.
A foto vale o risco?
Uma análise que abrange o período entre 2011 e 2017 concluiu que 259 pessoas morreram tentando tirar selfies. As principais causas foram afogamento, acidentes de transporte e quedas. Um estudo mais recente reforçou que mais da metade dessas fatalidades ocorreram na Índia, e aponta que riscos como quedas de altura respondem por cerca de 46 % dos casos.
Segundo levantamento da revista Bild, entre 2014 e 2023 foram registradas 399 mortes em 49 países enquanto tentavam tirar selfies – Índia, Estados Unidos e Rússia lideram essa dolorosa estatística. Em Paris, turistas se arriscam na saída da Arc de Triomphe enquanto posam para fotos em meio ao trânsito intenso.
Como se proteger e não virar estatística
- Pense antes de clicar: avalie o ambiente ao redor. Altura, água, bordas, trilhos ou plataformas instáveis implicam grandes riscos.
- Evite usar o celular em movimento: seja caminhando, dirigindo ou praticando esportes. A distração pode causar quedas, atropelamentos ou outros acidentes.
- Respeite sinalizações e barreiras de segurança: locais com proibição de selfies existem por um motivo. Preze pela sua integridade, mesmo que isso signifique não capturar o momento.
- Modere a pressa pela perfeição digital: nenhuma imagem justifica expor-se ao perigo. Priorize a sua vida e a experiência real acima dos likes.
Resumo:
A morte de Elizaveta por uma selfie revela outro lado sombrio das redes sociais. Acidentes parecidos ocorrem com frequência. Estudos apontam centenas de mortes ao redor do mundo ao tentar o registro perfeito. A dica é clara: cuidar da segurança e usar o celular com consciência, especialmente em ambientes de potencial perigo.
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