A recente confusão entre Dado Dolabella, Wanessa Camargo e o cantor Luan Pereira, durante uma confraternização do “Dança dos Famosos”, trouxe à tona uma velha questão: até que ponto o ciúme é natural e quando ele se transforma em algo prejudicial?
Wanessa explicou que não houve agressão, mas sim uma crise de ciúmes do ex-namorado. Afinal, qual é o impacto do ciúmes na vida das pessoas?
Por que sentimos ciúmes?
Segundo especialistas em psicologia, o ciúme surge como uma resposta emocional ligada ao medo da perda e à insegurança. Evolutivamente, homens tendem a sentir mais ciúme relacionado à sexualidade, enquanto mulheres demonstram maior receio de abandono afetivo. Apesar dessas diferenças, o que predomina em todos os casos é a baixa autoestima e a sensação de ameaça à relação.
Quando o ciúme é considerado normal
Sentir ciúme em situações pontuais é esperado, já que ninguém gosta de imaginar a possibilidade de perder o parceiro. Nesses casos, o sentimento pode até ser interpretado como sinal de cuidado e valorização da relação. Porém, a chave está no equilíbrio: o ciúme saudável não tenta controlar a vida do outro, tampouco se repete de forma constante.
Os sinais de alerta do excesso
O problema começa quando o ciúme passa a dominar o comportamento. A pessoa cria situações na própria cabeça, interpreta mensagens, curtidas e interações nas redes sociais como provas de traição e busca controlar o parceiro de maneira obsessiva. Em casos mais graves, surgem comportamentos persecutórios, como vigiar e invadir a privacidade, que podem evoluir para violência psicológica e até física.
O impacto das redes sociais
Com a popularização da vida online, o ciúme ganhou novos gatilhos. Curtidas, comentários e até o tempo gasto nas redes podem se transformar em motivo de discussão. Estudos mostram que quanto mais tempo se passa conectado, maiores são as chances de comparações e desconfianças. Esse ambiente abre espaço para fantasias e interpretações equivocadas, que podem desgastar a confiança do casal.
Como lidar com o ciúme
A primeira atitude é reconhecer o sentimento e conversar abertamente com o parceiro em um momento tranquilo. O diálogo ajuda a esclarecer inseguranças e criar combinados que façam sentido para os dois. A terapia individual ou de casal também é uma ferramenta importante, pois ajuda a identificar a origem do problema e desenvolver estratégias para fortalecer a autoestima. Em situações mais delicadas, pode ser necessário um acompanhamento médico para tratar ansiedade ou depressão associadas.
E o papel do parceiro?
Além de apoiar, é essencial que a outra parte do casal reflita se algum comportamento está reforçando o clima de desconfiança. Relações saudáveis se baseiam em confiança e respeito mútuo. Se a liberdade individual deixa de existir, ou se o relacionamento passa a gerar medo, dúvidas e insegurança, é hora de repensar a continuidade da relação.
Resumo:
O ciúme pode ser um sentimento natural, mas se não for controlado pode minar a autoestima, afetar a rotina e transformar relações em espaços de sofrimento. A diferença entre cuidado e controle está justamente na forma como lidamos com nossas inseguranças e na disposição de enfrentá-las com diálogo e maturidade.
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