Conhecida nacionalmente como a romântica Cris de Chiquititas nos anos 90, Francis Helena
Cozta completa 40 anos vivendo um momento único. Multiartista, transita por diversas
vertentes da arte e da comunicação, unindo formação em publicidade, pós-graduação em
jornalismo digital, certificação em cinema e trajetória no ballet clássico. Sempre estudou teatro
e audiovisual, e toda essa bagagem hoje se reflete em um trabalho como diretora em plena
ascensão.
“A arte nunca foi, para mim, um caminho único. Eu sempre enxerguei a arte como um todo.
Não consigo estar em uma única função sem pensar nas outras ao mesmo tempo em que
elas acontecem. É sempre uma visão macro das coisas, e isso me mantém viva como
artista.”
Em 2025, Francis vive uma maratona artística: filmou em Uberlândia o longa Voragem, de
Flávio Cittön, sobre o uso ilegal de agrotóxicos e a saúde mental no Brasil; atua na
websérie O Que Não Falamos, produção LGBT+ do canal Bera Play, dirigida por Mari
Berardinelli e inspirada no universo das girl bands e no fenômeno Rouge; e protagoniza o
curta Eu… Léo, de Ricardo Cioni Garcia, interpretando a mãe de um menino autista que
encontra novos caminhos de expressão ao se aproximar de uma comunidade de surdos.
Nos palcos, está no elenco de The Jury Experience Brasil, dirigido por Talita Lima,
espetáculo imersivo em que o público decide o desfecho. Co-dirige o musical Como É Que
Se Diz Eu Te Amo, de Léo Corrêa, inspirado na Legião Urbana, cuja temporada em
Brasília teve um marco histórico: a presença dos familiares de Renato Russo, incluindo
sua mãe, irmã e amigos próximos.
Na direção, assina o curta-documentário Você, Idosos de Cerqueira, produzido por
Marcelo Gomes com participação especial de Laura Cardoso, sobre os cuidados com
idosos no Brasil. Também dirige Eu, Você, Eles e a Chuck, texto de Pablo Pegas,
ambientado em um apartamento e que retrata o primeiro encontro de dois homens que se
conhecem por um aplicativo.
Francis ainda realiza o monólogo Carta Para Mim – Experiência Cênica Autobiográfica,
baseado na websérie homônima indicada a dois prêmios no Rio Web Fest. Em turnê pelo
interior de São Paulo, o espetáculo narra sua história e celebra seus 40 anos de vida e sua
carreira.
“O que me nutre como profissional é o fato de fazer tantas coisas diferentes e estar em
projetos completamente distintos, com pessoas e energias diferentes. Isso exercita meu
cérebro e minha parte criativa. E, mesmo quando um projeto parece não ter nada a ver
com o outro, de alguma forma, dentro da minha cabeça, eles se complementam.”
Do cinema social ao teatro interativo, passando pelo streaming e pela direção de obras
sensíveis, Francis Helena Cozta prova que 2025 não é apenas um ano cheio, é o marco
de uma artista no auge de sua potência e pluralidade.