A vacina da Pfizer contra Covid para crianças menores de cinco anos pode não ter sua autorização renovada pela FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA) neste ano. Segundo um e-mail obtido pelo jornal The Guardian, a Moderna deve assumir o fornecimento, mas com restrições. Além disso, a Novavax só está disponível para maiores de 12 anos com condições de saúde específicas.
Moderna pode ampliar estoque, mas acesso ainda é limitado
De acordo com o e-mail do NCIRD (Centro Nacional de Imunização e Doenças Respiratórias), a Pfizer afirmou que a FDA pode não renovar a autorização emergencial para sua vacina pediátrica em 2025. Enquanto isso, a Moderna está em negociações com o CDC para aumentar sua produção.
Chris Ridley, porta-voz da Moderna, garante: “Estamos trabalhando para assegurar estoque suficiente”. No entanto, a vacina da Moderna só é aprovada para crianças com comorbidades, o que restringe o acesso.
Baixa adesão à vacinação infantil preocupa especialistas
Apesar da eficácia comprovada contra hospitalizações e mortes, apenas 5,6% das crianças de seis meses a quatro anos estão vacinadas nos EUA. Entre cinco e 17 anos, o índice chega a 15%. Por outro lado, discursos contra vacinas, como os de Robert F. Kennedy Jr., geram desinformação.
“Faltou promoção da vacinação infantil, e agora há dúvidas sobre segurança e eficácia, mesmo com dados robustos”, ressalta Georges Benjamin, diretor da Associação Americana de Saúde Pública.
Riscos da Covid em crianças e incertezas sobre efeitos a longo prazo
Apesar de idosos serem os mais afetados, crianças ainda registram taxas de hospitalização semelhantes às de 2020. Além disso, há preocupações com a Covid longa e a síndrome inflamatória multissistêmica (SIM-P).
“Não sabemos os impactos futuros da Covid em crianças, mas já vemos sequelas graves”, afirma Benjamin. Com o aumento de casos no país, a limitação de vacinas acende um alerta.
Resumo: A autorização da vacina da Pfizer contra Covid para menores de 5 anos pode não ser renovada nos EUA, deixando a Moderna como alternativa — porém com restrições. A baixa adesão e a desinformação agravam o cenário, enquanto especialistas alertam para os riscos da doença em crianças.
Leia também:
Amamentação sem dor: cuidados com os seios que fazem toda a diferença
