O apresentador Fausto Silva, de 75 anos, passou nesta semana por dois novos transplantes no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo — um rim e um fígado, vindos de um mesmo doador. Faustão já havia recebido um rim em fevereiro de 2024 e um coração em agosto de 2023.
O novo procedimento aconteceu após uma internação iniciada em maio, motivada por uma infecção bacteriana que evoluiu para sepse. Segundo informações divulgadas pelo hospital, o retransplante renal estava previsto há um ano e foi possível agora junto ao transplante de fígado.
Como funciona a fila no Brasil
A fila para transplantes no Brasil é única e inclui pacientes da rede pública e privada. A prioridade não é definida apenas pela ordem de inscrição, mas por critérios técnicos e clínicos, como:
- Tipo sanguíneo
- Compatibilidade de peso e altura
- Compatibilidade genética
- Gravidade do estado de saúde
Tudo é gerenciado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A cada órgão disponível, um novo ranking é gerado, considerando a compatibilidade entre doador e receptor. Pacientes em estado crítico ou com risco iminente de morte têm prioridade.
Casos com prioridade
- Pacientes que dependem de diálise têm preferência para transplante de rim.
- Indivíduos com insuficiência hepática aguda grave recebem prioridade para transplante de fígado.
- Pessoas que apresentam rejeição a um órgão recém-transplantado também podem ser colocadas no início da fila.
Doação de órgão por pessoa viva
A legislação brasileira permite a doação de um dos rins, parte do fígado, medula óssea ou parte do pulmão por pessoas vivas. Podem doar parentes até o quarto grau e cônjuges; para não parentes, é necessário autorização judicial.
Nesse caso, a doação pode ser feita diretamente para o paciente, sem passar pela fila do SNT, mas exige compatibilidade genética e sanguínea, além de exames que comprovem a saúde do doador e a viabilidade do órgão.
No caso de Faustão, os transplantes desta semana ocorreram após acionamento da Central de Transplantes do Estado de São Paulo, com órgãos de um mesmo doador falecido.
Resumo
Faustão, de 75 anos, passou por transplantes de rim e fígado no mesmo dia, com órgãos de um único doador. A fila de transplantes no Brasil segue critérios de compatibilidade e gravidade, não apenas a ordem de chegada, e é coordenada pelo Sistema Nacional de Transplantes. Pessoas vivas também podem doar, desde que cumpram requisitos legais e médicos.
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