Paolla Oliveira surpreendeu o público ao revelar que já precisou de uma dublê de pernas para gravar um comercial de absorventes. A atriz participou do ‘PodPah’ da última quinta-feira (4) e durante o bate-papo com Igão e Mítico, a rainha de bateria da Grande Rio falou sobre a pressão do corpo perfeito e sentimento de inadequação.
Ao ser questionada pelos anfitriões do programa sobre o porquê da escolha da direção do comercial, Paolla detalhou o episódio: “Porque minha perna não era boa o suficiente. Eles achavam [que não era boa]… É muita coisa. Tenho falado muito sobre o corpo, só que toda essa minha vida pregressa fala sobre essa inadequação, sobre essa ‘dublê de perna, porque não era boa o suficiente’”, iniciou.
“Eles achavam que a coxa era muito grossa para vender, fazer um take. Era um comercial de absorvente na época, não podia ter a perna grossa. É a mão, o pé [inadequados], várias coisas. Então chega uma hora que você fala: ‘Sou meio bacana, meio bonita’”, continuou.
Igor perguntou como Paolla encara essas situações hoje e como isso afetou sua autoestima: “Todo ser humano tem, mas na mulher é muito cultuado isso, a autoestima, o cabelo, o corpo, a roupa. E de repente: ‘sua perna não tá boa’, ou, ‘a mão não é legal’. Mas aí, daqui a pouco todo mundo fala que você tem o corpo perfeito. Isso não bagunça a cabeça?”.
“Bagunça, tanto é que me bagunçou. Mas pensa, eu era uma garota no modus operandi sobrevivência. Eu estava fora da minha cidade, fui morar no Rio de Janeiro sozinha, tomei porre sozinha, perdi o rumo de casa, aprendi a morar sozinha. E descobrindo as pessoas, como ser uma boa profissional e ainda viver o suficiente para não ficar maluca”, disse, antes de completar que tinha 22 anos quando mudou de São Paulo para o Rio de Janeiro.
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A esposa de Diogo Nogueira explicou porque as inseguranças foram acolhidas após 20 anos de pressão. “Eu estava preocupada em sobreviver, não tive tempo de ver as outras coisas. Fui deixando para depois, só que esse depois me pegou muito. Venho de uma família muito machista, são três irmãos, uma família muito patriarcal. O que aprendi era aquilo.”, destacou.
“Desde assédio, até machismo, até me achar muito inadequada, feia, todas essas coisas que tenho falado agora. Mas não é um estalar de dedos, é uma vida que foi acontecendo, fui deixando passar”, disse a musa.“Ganhei um eco gigante de outras mulheres que estavam sentindo essa pressão.”, concluiu.
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