A saúde intestinal desempenha um papel essencial no bem-estar geral, e dois aliados importantes nesse processo são os probióticos e prebióticos. Apesar da grafia parecida, eles exercem funções diferentes — mas complementares — no organismo. Enquanto um atua como reforço de boas bactérias, o outro serve de alimento para elas.
A seguir, explicamos como cada um funciona, onde encontrá-los e quais cuidados tomar antes de incluí-los na alimentação.
O que são probióticos e quais seus principais benefícios?
Os probióticos são microrganismos vivos, como bactérias e leveduras, que fortalecem a flora intestinal quando ingeridos regularmente. De acordo com Eliana Teixeira, médica especializada em endocrinologia e nutrologia ouvida pelo Terra, eles ajudam na digestão, equilibram a microbiota e contribuem até mesmo para o bom funcionamento do cérebro, graças ao chamado eixo intestino-cérebro.
Esses microrganismos podem ser consumidos por meio de alimentos fermentados, como iogurte natural, kefir, kombucha, kimchi e chucrute. Também estão disponíveis na forma de suplementos, indicados em casos específicos.
Além disso, os probióticos colaboram com:
- Regulação do trânsito intestinal
- Reforço da imunidade
- Redução de inflamações no organismo
- Prevenção contra bactérias nocivas
- Apoio no controle do peso e na resistência à insulina
Prebióticos alimentam as bactérias boas do intestino
Enquanto os probióticos trazem os microrganismos benéficos, os prebióticos fornecem o que eles precisam para se multiplicar. Compostos por fibras que não são digeridas pelo nosso corpo, eles servem como combustível para manter a diversidade e o bom funcionamento da microbiota intestinal.
Entre os alimentos ricos em prebióticos, destacam-se:
- Alho e cebola
- Aspargos e alcachofra
- Banana verde
- Aveia e outros cereais ricos em fibras
Assim como os probióticos, os prebióticos também estão disponíveis em suplementos. Porém, o ideal é incluí-los gradualmente no cardápio, especialmente se a pessoa não tem o hábito de consumir muitas fibras.
Todo mundo deve consumir probióticos e prebióticos?
Em geral, sim. Incorporar esses alimentos no dia a dia tende a trazer benefícios para a maioria das pessoas. Contudo, Eliana destaca que algumas condições de saúde pedem atenção extra. Indivíduos com disbiose intestinal, síndrome do intestino irritável, doenças autoimunes ou distúrbios gastrointestinais, por exemplo, costumam se beneficiar ainda mais dos efeitos dessas substâncias.
Entretanto, nesses casos, a orientação profissional é fundamental. A escolha do tipo de suplemento e a quantidade ideal devem respeitar as necessidades de cada organismo.
Cuidados no consumo de probióticos e prebióticos
Apesar dos diversos benefícios, nem todo mundo pode sair consumindo essas substâncias sem critério. Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, em tratamento com quimioterapia ou diagnosticadas com SIBO (supercrescimento bacteriano no intestino delgado) devem ter cautela.
Além disso, a médica alerta: “A escolha errada de cepas probióticas pode trazer efeitos contrários. Já o aumento abrupto de fibras prebióticas pode causar gases, cólicas e alterações intestinais. Por isso, é essencial ajustar a dieta aos poucos, de acordo com o estilo de vida de cada um”.
Resumo: Probióticos e prebióticos trabalham juntos para equilibrar o intestino, melhorar a digestão e fortalecer a imunidade. Enquanto um introduz bactérias boas, o outro garante a nutrição delas. No entanto, é importante incluir essas substâncias de forma gradual e, quando necessário, com acompanhamento profissional.
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