Adotar um animal de estimação vai muito além de trazer mais alegria para dentro de casa. Para as crianças, a convivência com um pet estimula habilidades essenciais para o crescimento saudável, como empatia, responsabilidade e comunicação. E quanto mais cedo essa conexão acontece, mais fortes se tornam os vínculos afetivos.
De acordo com o neurocirurgião e especialista em desenvolvimento infantil André Ceballos, a decisão de ter um pet deve ser tomada com cuidado. No entanto, ele ressalta que não convém adiar demais, já que a infância passa rápido. “Os benefícios de ter um animal para o desenvolvimento infantil são amplos e variam de acordo com o tipo de pet, as características da criança e o ambiente familiar. Por isso, a decisão exige reflexão, mas não deve ser descartada. É nessa fase que se criam memórias para a vida toda”, afirma.
Animal de estimação ajuda a diminuir o estresse infantil
Quem já observou uma criança acariciando um gato ou brincando com um cachorro sabe: o momento é de pura leveza. Segundo o especialista, o contato com um animal de estimação reduz os níveis de estresse e ansiedade, pois libera hormônios como a oxitocina – o famoso “hormônio do amor”. A presença do pet acalma, traz sensação de segurança e contribui para a saúde emocional dos pequenos.
Além disso, estudos mostram que crianças que convivem com pets tendem a apresentar menos sintomas relacionados à ansiedade e ao medo. Esse efeito se intensifica quando os animais fazem parte da rotina diária da família.
Pet contribui para o desenvolvimento da autoestima
Cuidar de um pet pode ser uma experiência transformadora para a criança. Quando ela se envolve nas tarefas do dia a dia – como dar comida, trocar a água ou brincar com o bichinho –, desenvolve um senso de responsabilidade e se sente capaz. Isso impacta diretamente na formação da autoestima, da confiança e da autonomia infantil.
O vínculo emocional criado nesse processo é valioso. Muitas crianças encontram nos pets uma fonte constante de afeto e acolhimento, o que fortalece seu bem-estar psicológico.
A convivência com pets estimula a comunicação infantil
Para as crianças mais tímidas, o pet pode se tornar um primeiro “ouvinte”. Isso porque, ao falar com os animais, elas praticam a linguagem e aprendem a expressar emoções. De forma natural, desenvolvem a habilidade de se comunicar e começam a elaborar melhor seus sentimentos e pensamentos.
Esse processo também incentiva a empatia, já que a criança passa a perceber os sinais do pet, entender suas necessidades e responder com carinho e cuidado.
Criança com pet se movimenta mais no dia a dia
Entre os muitos benefícios de ter um animal de estimação, está o estímulo à prática de exercícios físicos. Passeios, corridas no quintal e brincadeiras ao ar livre se tornam mais frequentes – e isso ajuda a combater o sedentarismo infantil.
Mesmo em espaços menores, é possível propor atividades que envolvam o pet e a criança, promovendo o bem-estar de ambos. Além de ser divertido, esse tempo juntos fortalece o vínculo e contribui para um estilo de vida mais saudável.
Ao final, Ceballos reforça: “Eles são amigos para uma vida toda. Pais e tutores devem sempre considerar a possibilidade de adotar um pet para as crianças”.
Resumo: Adotar um pet na infância contribui para o desenvolvimento emocional e físico das crianças. Eles ajudam a reduzir o estresse, fortalecem a autoestima, melhoram a comunicação e incentivam a atividade física. Com carinho e responsabilidade, essa parceria pode trazer memórias afetivas para toda a vida.
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