A notícia sobre o agravamento da saúde de Bruce Willis, de 70 anos, comoveu fãs em todo o mundo. Segundo o jornal The Express Tribune, o astro de “Duro de Matar” já não consegue mais andar, ler ou falar devido ao avanço da demência frontotemporal, uma condição neurodegenerativa progressiva e ainda pouco conhecida.
Além da doença, o ator também enfrenta a afasia, que compromete seriamente sua capacidade de comunicação. Nos últimos meses, Emma Heming, esposa de Bruce, compartilhou o impacto emocional do diagnóstico na família. “Um diagnóstico de demência pode sugar todo o ar de um ambiente. Mas fiz a escolha de trazer esse ar de volta, pelas nossas filhas, pelo Bruce e por mim”, disse.
Esse tipo de demência, embora menos falado que o Alzheimer, atinge especialmente pessoas entre 45 e 64 anos e provoca alterações no comportamento e na linguagem.
O que é a demência frontotemporal e como ela afeta o cérebro
De acordo com o neurologista Fernando Freua, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, ouvido pelo portal IG, a demência frontotemporal reúne um grupo de doenças que comprometem os lobos frontal e temporal do cérebro. Essas áreas estão diretamente ligadas ao comportamento social, à empatia, ao controle das emoções e à linguagem.
Nos estágios iniciais, é comum que amigos e familiares percebam mudanças sutis, como apatia, perda de filtros sociais ou falas inadequadas. Com o tempo, surgem dificuldades na comunicação, perda de memória e, em muitos casos, limitações motoras.
O diagnóstico, geralmente, começa com uma suspeita clínica e segue com avaliações cognitivas detalhadas, exames físicos e, quando necessário, testes genéticos. Embora a causa possa ser hereditária em alguns casos, nem sempre há histórico familiar.
Bruce Willis e o desafio de viver com uma doença progressiva
Assim como acontece com outras pessoas diagnosticadas, o caso de Bruce Willis reforça o caráter progressivo da condição. Segundo especialistas, a demência frontotemporal costuma evoluir mais rapidamente do que outras doenças semelhantes, como o Alzheimer.
A ausência de cura ou de um tratamento que interrompa o avanço da condição torna o cuidado contínuo essencial. Medicamentos podem ajudar a controlar sintomas como irritabilidade, depressão e agitação, mas o suporte emocional e social também faz toda a diferença no dia a dia.
Prevenção: estilo de vida pode ser um fator protetor
Apesar de não haver cura, algumas atitudes podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença. Estudos mostram que manter um estilo de vida saudável pode oferecer proteção. Isso inclui:
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Controlar doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto;
- Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool;
- Estimular o cérebro com leitura, jogos, aprendizado e socialização.
Pessoas com maior nível de escolaridade e uma vida social ativa têm menor incidência de demência, segundo pesquisas. Por isso, cultivar bons hábitos e buscar o prazer em atividades cotidianas são atitudes poderosas para preservar a saúde do cérebro.
O amor e a presença continuam sendo o melhor remédio
Por fim, é importante lembrar que, apesar dos desafios trazidos pela doença, o acolhimento e o carinho da família fazem toda a diferença. A história de Bruce Willis comove, mas também inspira. Mesmo sem falar, ele continua cercado por amor e presença — elementos que não se perdem com a memória.
Resumo: O ator Bruce Willis enfrenta um estágio avançado da demência frontotemporal, que afeta sua comunicação e mobilidade. A condição é progressiva, mas atitudes como bons hábitos de vida, estimulação cognitiva e apoio familiar ajudam a lidar com o quadro. A história do astro reforça a importância do cuidado integral e da empatia com quem enfrenta doenças neurodegenerativas.
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