Às vezes, tudo o que queremos é ceder à impulsividade, mesmo que por alguns instantes. Afinal, quem nunca sentiu vontade de jogar tudo para o alto quando o mundo parece conspirar contra a gente?
Em Até a Última Gota, após um dia de cão, uma mãe solo, exausta pelos cuidados diários com a filha gravemente doente, chega ao limite. Um despejo, um chefe do pior tipo e uma demissão funcionam como estopim para os eventos desastrosos que se desenrolam neste filme, que chegou ao catálogo da Netflix em 6 de junho.
Comecei a assistir ao longa com a expectativa lá em cima – erro que, confesso, cometo sempre que a sinopse é promissora. E aqui ela é! Taraji P. Henson interpreta Janiyah Wiltkinson, uma mulher à beira do colapso, emocional e financeiramente quebrada. Tudo o que ela quer é descontar um cheque e garantir 40 dólares para a filha almoçar na escola. Mas, acredite, as coisas saem (muito) do controle.
Na minha cabeça, algo na linha do icônico Um Dia de Fúria estava por vir. Culpa minha? Talvez. A comparação faz algum sentido: no clássico, William (Michael Douglas) perde as estribeiras diante de um futuro incerto e toca o terror pela cidade. Em Até a Última Gota, vemos também um colapso, mas de um tipo mais íntimo, comovente e, acima de tudo, compreensível. Nada parecido com o estilo “tudo ou nada” do clássico. E é só isso que vou dizer – qualquer detalhe extra pode comprometer a grande virada da trama. Sem spoilers por aqui!
Vale a pena dar o play?
Sabe aquele tipo de filme que dá vontade de atravessar a tela e ajudar a protagonista? Em vários momentos, pensei: “meu Deus, como as coisas chegaram a esse ponto?”. A tensão é constante. Apesar de alguns diálogos óbvios e explicativos demais, que poderiam ter sido resolvidos com mais sutileza e criatividade, o filme segura o espectador até o fim. E isso já vale o play.
Resumo: Em Até a Última Gota, da Netflix, acompanhamos o colapso de uma mãe solo à beira do desespero. O drama, estrelado por Taraji P. Henson, prende a atenção ao mostrar como a rotina pode sufocar – e como a dor pode explodir de forma inesperada.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (20 de junho). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.
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