Moedas digitais de banco central (CBDCs) têm ganhado destaque no cenário financeiro mundial em 2025. Representam uma inovação dos bancos centrais para acompanhar a transformação digital da economia, proporcionando maior controle, transparência e eficiência nas transações.
- O que são e por que estão em alta entre os governos.
- Principais diferenças entre CBDCs, criptomoedas privadas e o dinheiro convencional.
- Desafios, benefícios e exemplos práticos das moedas digitais emitidas por bancos centrais.
Por que bancos centrais estão criando moedas digitais?
CBDCs surgem do movimento dos bancos centrais para oferecerem alternativas seguras diante do avanço dos meios de pagamentos digitais e das criptomoedas privadas. Com o aumento das transações online e a diminuição do uso do dinheiro físico, autoridades monetárias veem as moedas digitais oficiais como um passo natural da evolução do dinheiro.
Além disso, garantir maior inclusão financeira, monitorar fluxos monetários e fortalecer o combate a fraudes aparecem como motivações-chave. Governos também buscam preservar a soberania da moeda nacional em um ambiente digitalizado e altamente competitivo.
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Como funcionam as moedas digitais de banco central?
Moedas digitais de banco central são versões digitais do dinheiro emitidas diretamente pela autoridade monetária de um país. Ao contrário das criptomoedas descentralizadas como o Bitcoin, as CBDCs possuem regulação estatal e valor equivalentes às cédulas em circulação.
Geralmente, essas moedas digitais podem ser acessadas por meio de carteiras digitais fornecidas por bancos ou aplicativos autorizados. Algumas modalidades permitem transações diretas entre pessoas, empresas e governo, simplificando processos e reduzindo custos.
Alguns exemplos ilustram o cenário global em 2025:
- O yuan digital chinês está em operação desde 2022, impulsionando pagamentos eletrônicos em território nacional.
- O Real Digital, moeda digital criada pelo Banco Central do Brasil, segue em fase de testes para modernizar o sistema financeiro local.
- A zona do euro avança na pesquisa e nas consultas sobre a criação do euro digital, com foco em complementar o dinheiro físico.
Atenção: A implementação de uma CBDC não significa o fim das cédulas e moedas tradicionais. O objetivo é coexistir com o dinheiro físico, oferecendo uma opção adicional e mais alinhada à era digital.
Quais as diferenças entre CBDCs, criptomoedas e dinheiro convencional?
Uma dúvida comum envolve a distinção entre as moedas digitais de bancos centrais e outros instrumentos financeiros digitais. Embora utilizem tecnologia semelhante em alguns aspectos, a lógica de emissão e o controle são bastante diferentes.
As principais diferenças incluem:
- Emissor: CBDCs são emitidas pelo banco central, enquanto criptomoedas como Ethereum e Bitcoin funcionam de modo descentralizado.
- Estabilidade do valor: Moedas digitais oficiais mantêm paridade com as moedas nacionais já existentes, ao contrário de criptos que podem ter alta volatilidade.
- Regulação: Enquanto as CBDCs são amplamente reguladas, criptomoedas privadas têm regras menos rígidas e, muitas vezes, variam entre países.
- Finalidade: O dinheiro convencional ainda domina pagamentos pequenos e transações do cotidiano, mas as CBDCs ampliam o alcance para transferências instantâneas e integrações digitais.
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Principais vantagens e desafios das moedas digitais de bancos centrais
Entre os principais benefícios do uso de uma CBDC, destacam-se a redução de custos operacionais, maior rapidez nos pagamentos e potencial para inclusão financeira de grupos pouco atendidos pelo sistema tradicional.
Adicionalmente, bancos centrais podem usar os dados das transações de forma estratégica no combate a ilícitos financeiros. A rastreabilidade também pode ser valiosa na elaboração de políticas públicas e no controle de recursos.
No entanto, existem desafios. A privacidade dos cidadãos ainda é tema de intenso debate, pois o uso massivo de dados pode gerar preocupações sobre vigilância. Garantir infraestrutura tecnológica adequada também é uma barreira, principalmente em países com menor acesso à internet.
Aspectos como interoperabilidade, segurança cibernética e adaptação da população são discutidos por especialistas, que destacam a necessidade de avanços contínuos para promover o uso responsável das moedas digitais oficiais.
CBDCs transformam o cenário financeiro global em 2025
- Moedas digitais de bancos centrais representam uma evolução no jeito de movimentar e gerenciar valor no mundo digital.
- Bancos centrais buscam mais controle, inclusão e eficiência, enquanto enfrentam desafios como privacidade e adaptação tecnológica.
- O impacto das CBDCs deve crescer, exigindo atenção de governos, empresas e cidadãos para mudanças em práticas financeiras cotidianas.