O calor constante nos faz pensar em formas de escapar dele. Mas surge o dilema: optar por um ar-condicionado ou um ventilador de teto? AnaMaria conversou com as arquitetas Carina e Ieda Korman sobre o assunto e elas destacam que essa decisão deve levar em conta diversos fatores.
Entre estes fatores estão: o projeto arquitetônico, a eficiência energética e a sustentabilidade. A escolha entre ventilação e resfriamento depende das necessidades climáticas específicas de cada região. Em áreas com altas temperaturas, o ar-condicionado é essencial para manter a temperatura confortável.
Já em regiões onde o calor intenso predomina mais no verão, o ar-condicionado é a opção preferida, enquanto os ventiladores são úteis em estações mais amenas. Os ventiladores de teto não alteram a temperatura real, mas criam uma sensação de frescor por meio da circulação do ar.
Eles são ideais para climas moderados, favorecendo ambientes saudáveis. Por outro lado, o ar-condicionado oferece resfriamento imediato e é uma solução comum para um ambiente confortável, especialmente em ondas de calor intensas.
A decisão por um não exclui o outro, pois ambos possuem finalidades distintas. “O ideal é saber aquilo que o morador deseja para o espaço. É preciso compreender esses desejos, pois essa escolha influencia diretamente na funcionalidade e, principalmente, no bem-estar”, explicam as arquitetas.
Ventiladores, climatizadores e ar-condicionado: qual é o melhor para vencer o calor?
Como integrar ar-condicionado ou ventiladores aos ambientes?
Em termos de estética, os ventiladores de teto oferecem uma variedade de designs que se integram perfeitamente a diferentes propostas decorativas. Por sua vez, os sistemas de ar-condicionado, embora essenciais, podem apresentar desafios estéticos devido à sua instalação visível.
“Disponíveis em uma ampla variedade de designs e cores, desde os mais clássicos até os contemporâneos e minimalistas, há sempre o ventilador de teto sempre perfeito para cada proposta”, ressalta Carina.
Ela ainda enfatiza que, apesar da associação errônea pela ideia de serem, barulhentos e espaçosos, o mercado inovou e agora trabalham com sistemas inovadores, silenciosos, de fácil instalação e adaptáveis.
As pás, luminárias e acabamentos são características personalizáveis, fazendo do ventilador de teto um complemento em qualquer proposta decorativa. Ademais, é ideal para quem sofre de alergias respiratórias e sente o desconforto com o ar-condicionado.
Uma tendência em ascensão são unidades mais discretas de ar-condicionado, ocultas por dutos embutidos ou centralizados, mas Ieda alerta que é preciso verificar se há carga necessária para esse tipo de equipamento.
As duas resumem: ventiladores de teto possuem uma gama versátil de modelos, enquanto os sistemas de ar-condicionado necessitam de uma integração mais sutil para evitar que destoem.
Sustentabilidade e escolhas conscientes
Quando se trata de eficiência energética, os ventiladores de teto têm um consumo relativamente baixo, enquanto os sistemas de ar-condicionado consomem mais energia, especialmente em locais quentes.
Em termos de sustentabilidade, os ventiladores de teto são mais favoráveis devido ao seu menor consumo de energia. No entanto, os fabricantes de ar-condicionado estão desenvolvendo modelos mais eficientes e sustentáveis, que reduzem o consumo de energia e o impacto ambiental.
“Uma dica interessante é dar preferência à tecnologia Inverter, que economiza até 63% de energia. Na sua composição, possui um compressor que evita os picos de luz ao ligar e desligar o aparelho, tem um menor tempo operacional para atingir a temperatura desejada e conta com menos ruídos”, concluem.
Portanto, ao decidir entre ar-condicionado e ventilador de teto, é crucial considerar as necessidades climáticas, estéticas, energéticas e ambientais, buscando um equilíbrio que proporcione conforto, eficiência e sustentabilidade ao ambiente.
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