A apresentadora Eliana surpreendeu seus seguidores ao contar que, em 2024, enfrentou um problema de saúde pouco comentado: a chamada síndrome do ombro congelado. A condição, também conhecida como capsulite adesiva, provoca rigidez e limitação de movimentos no ombro, tornando até gestos simples, como levantar o braço, extremamente difíceis.
No caso de Eliana, o problema surgiu durante a menopausa – fase que envolve uma série de alterações hormonais importantes, entre elas, a queda do estrogênio. O episódio chamou atenção para uma condição que, embora comum, muitas vezes é negligenciada pelas mulheres.
O que é a síndrome do ombro congelado?
A capsulite adesiva é uma inflamação que compromete a cápsula articular do ombro, deixando a região rígida e dolorida. O movimento vai sendo progressivamente limitado, como se o ombro “grudasse” ao corpo. O processo pode ocorrer de forma súbita ou gradativa, e costuma afetar apenas um dos lados.
É mais comum em mulheres entre 40 e 60 anos, especialmente aquelas que estão passando pela menopausa ou já estão na pós-menopausa. Isso porque a queda dos hormônios femininos, em especial o estrogênio, tem impacto direto na saúde articular e muscular.
Relação com a menopausa
Durante a menopausa, o corpo feminino passa por uma série de transformações internas. A redução nos níveis de estrogênio pode comprometer não só o metabolismo e o sistema cardiovascular, como também a lubrificação e elasticidade das articulações. É nesse contexto que algumas mulheres desenvolvem a capsulite adesiva, ainda que nem todas passem por esse tipo de sintoma.
Além disso, mulheres com histórico de doenças autoimunes, diabetes, hipotireoidismo ou que sofreram traumas na região do ombro têm maior risco de apresentar a síndrome.
Como é feito o tratamento
O tratamento pode variar de acordo com a gravidade do caso. Em geral, inicia-se com anti-inflamatórios, fisioterapia e aplicação de compressas quentes para aliviar a dor e tentar recuperar a mobilidade do ombro. Em alguns casos, repouso moderado da articulação e acompanhamento com ortopedista também são recomendados.
Quando a limitação se torna mais severa ou persistente, como ocorreu com Eliana, pode ser necessário recorrer à cirurgia. Há ainda situações em que a reposição hormonal é indicada, especialmente quando a condição está associada ao período da menopausa. A reposição ajuda a reequilibrar os níveis hormonais e pode prevenir ou amenizar os sintomas articulares.
A importância do diagnóstico precoce
Um dos maiores desafios em torno da capsulite adesiva é a demora para o diagnóstico. Por vezes, ela é confundida com outras condições, como tendinite ou bursite. Isso atrasa o início do tratamento adequado e pode levar à piora do quadro, exigindo medidas mais invasivas.
Por isso, dores persistentes no ombro, especialmente se acompanhadas de rigidez, devem ser investigadas com atenção. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores as chances de recuperação sem sequelas.
Resumo:
A síndrome do ombro congelado, ou capsulite adesiva, é uma inflamação que causa rigidez e limitação de movimentos no ombro. A condição atinge principalmente mulheres na menopausa, devido à queda de estrogênio. Fisioterapia, medicamentos e, em casos mais graves, cirurgia podem ser indicados para tratar o problema.
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Lígia Menezes
Lígia Menezes (@ligiagmenezes) é jornalista, pós-graduada em marketing digital e SEO, casada e mãe de um menininho de 3 anos. Autora de livros infantis, adora viajar e comer. Em AnaMaria atua como editora e gestora. Escreve sobre maternidade, família, comportamento e tudo o que for relacionado!