Conhecido como “Rei do Fígado”, Brian Johnson construiu fama e fortuna promovendo um estilo de vida extremo baseado na alimentação com carne crua, ovos e xarope de bordo. Com milhões de seguidores nas redes sociais, o influenciador norte-americano defendia hábitos supostamente “ancestrais” ao lado da esposa e dos filhos. No entanto, a imagem do guru naturalista desmoronou após revelações de que ele usava esteroides.
Em seu documentário “Untold: O Rei do Fígado”, Johnson compartilha sua trajetória desde a infância, marcada pela ausência do pai, falecido quando ele ainda era bebê. Com baixa autoestima e um sentimento de inferioridade em relação ao irmão mais velho, Brian se refugiou nas academias desde cedo. Inspirado por filmes como Rambo, o garoto encontrou no corpo musculoso o ideal de masculinidade que buscava.
Durante a adolescência, os treinos se intensificaram e a obsessão pela imagem se tornou evidente. O influenciador afirma que a musculação foi o caminho para deixar de ser um “menino fraco e sem amigos”, construindo a figura viril que ele projetava ao mundo.

Estilo de vida “ancestral”
O chamado “estilo de vida ancestral” ganhou força quando seus filhos, Rad e Stryker, apresentaram problemas de saúde. Segundo Johnson, o modelo moderno de alimentação estava enfraquecendo a família. A solução veio com os princípios do influenciador Mark Sisson, que pregava uma dieta baseada em alimentos crus e naturais.
A partir daí, a família descartou qualquer item industrializado da cozinha. Os meninos passaram a consumir ovos e carne crua, além de treinar todos os dias. Em um vídeo publicado nas redes, Brian chega a oferecer testículos crus de um animal abatido aos filhos. Há quem considere essa criação um tipo de abuso infantil, enquanto o influenciador defende que os garotos seguem o estilo de vida por escolha própria.
A ascensão do império naturalista
Com o sucesso da filosofia ancestral, Johnson fundou a Ancestral Supplements, vendendo cápsulas feitas de fígado e outros órgãos de animais. As redes sociais alavancaram os negócios, principalmente após o influenciador divulgar vídeos puxando picapes com correntes e comendo carne crua diante das câmeras.
Ele também criou os chamados “9 dogmas ancestrais”, princípios que seus seguidores deveriam adotar. Um deles, “Luta”, incentiva o homem a proteger sua “tribo” a qualquer custo. Johnson exibia sua coleção de armas em vídeos e fazia demonstrações de tiro para reforçar a imagem de protetor da família.

Revelação da farsa
Em 2022, e-mails vazados e exames médicos revelaram que Johnson fazia uso de hormônios sintéticos, como o Omnitrope, contradizendo o discurso “natural”. Em vídeo, ele admitiu o uso de esteroides e pediu desculpas aos seguidores. A revelação lhe custou milhares de fãs, além da credibilidade como empreendedor da saúde.
No documentário, Johnson reconhece que usava substâncias ilegais desde jovem e que só foi desmascarado porque nunca tinha sido pego antes. Hoje, afirma seguir uma nova fase da vida “ancestral”, incluindo frutas e legumes cultivados em casa.
Em 2024, Johnson foi preso por ameaçar o podcaster Joe Rogan. Após as críticas públicas feitas por Rogan, o influenciador viajou até a cidade do apresentador e foi detido em um hotel local. Em vídeos, é possível ver sua esposa recolhendo pertences antes da prisão.
Liberado sob restrições, Johnson está proibido de se aproximar de Rogan e foi obrigado a iniciar acompanhamento psiquiátrico, segundo o The Hollywood Reporter. Hoje, seus vídeos acumulam comentários sarcásticos e muitos notam que ele aparenta ter envelhecido rapidamente desde o escândalo.
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Resumo: Brian Johnson, o “Rei do Fígado”, ficou famoso por pregar um estilo de vida baseado em carne crua e hábitos ancestrais, mas foi desmascarado após admitirem o uso de esteroides. Ele também foi preso por ameaças ao podcaster Joe Rogan. Hoje, enfrenta queda de popularidade e críticas por possíveis abusos e contradições.
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