Nos últimos anos, a busca por soluções inovadoras para conexão à internet tem se intensificado. Em 2025, tecnologias emergentes prometem revolucionar o acesso à rede mundial, reduzindo a dependência de cabos e roteadores tradicionais. Esses avanços representam uma mudança significativa na forma como dispositivos se conectam, oferecendo mais praticidade e flexibilidade para usuários residenciais e corporativos.
O desenvolvimento dessas tecnologias foi impulsionado pela crescente demanda por mobilidade e pela expansão da Internet das Coisas (IoT). Com previsão de comercialização gradual nos próximos anos, especialistas apontam para uma transformação no cenário das telecomunicações, impactando desde a infraestrutura das cidades até o cotidiano das pessoas.
Como funciona a internet sem cabos e sem roteadores?
Entre as inovações, destaca-se o Li-Fi (Light Fidelity), que utiliza luz visível para transmitir dados em alta velocidade, dispensando o uso de ondas de rádio e roteadores convencionais. Embora promissor, o Li-Fi ainda enfrenta desafios para adoção em larga escala, como a necessidade de infraestrutura específica e limitações em ambientes externos.
Outra evolução importante é o Wi-Fi 7, lançado comercialmente desde 2024, que oferece conexões mais rápidas, maior capacidade para múltiplos dispositivos simultâneos, menor latência e melhor eficiência espectral. Apesar das melhorias, o Wi-Fi 7 ainda depende de roteadores e dispositivos compatíveis.
Redes mesh autônomas e sistemas de coordenação automática de frequência (AFC) também têm contribuído para ampliar a cobertura e a estabilidade do sinal, permitindo maior mobilidade e menos interferência. No entanto, essas soluções ainda utilizam equipamentos físicos para distribuir a conexão.
Quais são os benefícios da internet sem cabos?
A adoção dessa tecnologia traz uma série de vantagens tanto para usuários quanto para provedores de serviço. Entre os principais benefícios, destacam-se:
- Instalação simplificada, com redução da necessidade de cabeamento extensivo.
- Maior mobilidade, permitindo conexão em diferentes pontos dentro da rede.
- Escalabilidade facilitada, com possibilidade de expansão por meio da adição de dispositivos compatíveis.
- Redução de interferências graças a algoritmos adaptativos e coordenação automática de frequência.
- Segurança aprimorada por meio de protocolos avançados de criptografia.
Quando a nova tecnologia estará disponível para o público?
Atualmente, projetos-piloto estão em andamento em algumas cidades da Europa e da Ásia, testando desempenho e segurança em ambientes reais. A expectativa é que soluções comerciais mais avançadas, como o Li-Fi em larga escala, estejam disponíveis até 2028, enquanto o Wi-Fi 7 já é uma realidade crescente no mercado.
O processo de regulamentação e homologação junto às agências de telecomunicações é fundamental para a adoção em larga escala, que deve ocorrer inicialmente em grandes centros urbanos e, posteriormente, em regiões mais afastadas.
Desafios e perspectivas para a internet sem roteadores
Apesar do potencial transformador, a implementação dessas tecnologias enfrenta desafios técnicos e regulatórios, como a compatibilidade com dispositivos existentes, atualização de normas e garantia de segurança cibernética. A adoção em massa dependerá de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e campanhas de conscientização para informar a população sobre as mudanças e benefícios.
Com o avanço das pesquisas e a colaboração entre setores público e privado, a expectativa é que a internet sem cabos e roteadores tradicionais se torne uma realidade acessível e eficiente nos próximos anos, promovendo uma nova era de conectividade.