Uma pesquisa do IBGE revelou que quase 60% dos divórcios no Brasil têm origem em problemas financeiros. E a falta de comunicação sobre dinheiro é um dos principais fatores para isso acontecer. Falar sobre dinheiro ainda é um tabu em muitos relacionamentos, mas não deveria ser. O diálogo é o primeiro passo para evitar conflitos, alinhar expectativas e construir um futuro sólido a dois.
Outro ponto de atenção: deixar toda a responsabilidade nas mãos do parceiro. Segundo um estudo do SPC Brasil e da CNDL, para mulheres casadas, a falta de dinheiro ou o controle total das finanças por parte do companheiro estão entre os maiores motivos de briga no relacionamento, superando até ciúmes e a divisão das tarefas domésticas.
Conversem sobre dinheiro sem tabu
O primeiro passo é simples: sentem e conversem. Falem sobre renda, dívidas, estilo de consumo e planos para o futuro. Essa troca evita mal-entendidos e mostra que os dois estão no mesmo time.
Façam planos juntos
Viajar, comprar um imóvel, reformar a casa ou montar um fundo de emergência. Seja qual for o sonho, é importante transformar em meta e calcular juntos como alcançá-la.
Cada um com seu dinheiro – e com a sua liberdade
É saudável que cada um tenha um valor reservado para gastos pessoais, sem precisar prestar contas. Isso evita a sensação de controle e dá autonomia para ambos.
Montem um orçamento a quatro mãos
Anotem todas as receitas e despesas do mês, desde as contas fixas até os gastos com lazer. Um orçamento bem estruturado permite uma visão clara da situação financeira e ajuda a evitar dívidas.
Como dividir as despesas?
Não existe uma fórmula única. Dá para juntar tudo em uma conta conjunta, dividir igualmente ou de forma proporcional à renda. Outra possibilidade é que cada um fique responsável por um tipo de gasto. O mais importante é que a escolha funcione para os dois. Porém, é importante lembrar que a divisão dos gastos deve ser proporcional aos ganhos de cada um.
Atenção às prioridades diferentes
Quando os parceiros têm prioridades financeiras muito diferentes pode haver atritos. Alinhar as metas é fundamental.
Criem uma reserva de emergência
Perda de emprego, problemas de saúde, despesas inesperadas… Ninguém está livre dos imprevistos. Por isso, é fundamental montar um fundo de emergência com valor suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas. Deixe tudo em um fundo de CDI com liquidez diária – isso significa que o resgate ocorrerá no mesmo dia, em caso de necessidade.
Revisem o planejamento com frequência
Planejamento financeiro não é tarefa que se faz uma vez só. Reservem um momento por mês ou a cada trimestre para rever o orçamento, ajustar os planos e identificar possíveis gargalos. Essas conversas evitam desgastes e mostram que o casal está caminhando junto.
Proteção legal também faz parte
Pensar no futuro não significa esperar pelo pior. É apenas uma forma de cuidar do que foi construído juntos. Escolher um regime de bens adequado antes do casamento ou da união estável é essencial para proteger os interesses de ambos.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1472, de 6 de junho de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.
Resumo:
Quase 60% dos divórcios no Brasil têm origem em problemas financeiros, segundo o IBGE. A falta de diálogo sobre dinheiro e o controle das finanças por apenas um dos parceiros estão entre as principais causas de conflito. Conversar abertamente, dividir despesas de forma justa, fazer planos em conjunto e revisar o orçamento com frequência ajudam a manter a harmonia. Cuidar da vida financeira a dois é uma forma de fortalecer a relação e construir um futuro mais seguro.
