Na hora de escolher uma profissão, muitos ainda pensam que o caminho obrigatório é a faculdade. Mas, com as transformações do mercado de trabalho e o avanço da inteligência artificial, o ensino profissionalizante tem ganhado cada vez mais espaço – especialmente nas áreas técnicas e de serviços essenciais, onde a demanda continua alta.
De acordo com Donizete Balsan da Silva, franqueado da rede Jumper! Profissões e Idiomas em Itapema (SC), a escolha entre ensino técnico e superior depende do perfil de cada pessoa. “Geralmente, o fator decisivo entre um e outro é o desejo de entrar logo no mercado de trabalho, o investimento em uma capacitação mais barata ou a área de atuação escolhida”, explica.
Faculdade ou curso técnico: o que muda?
A faculdade tem como foco uma formação mais ampla e teórica, exigindo a conclusão do ensino médio e podendo durar de 2 a 6 anos – a depender do tipo de curso, como tecnólogo, bacharelado ou licenciatura. Já o curso profissionalizante é mais direto: pode ser feito durante ou após o ensino médio, com foco prático em áreas específicas como mecânica, informática ou desenvolvimento web. A duração varia de 6 meses a 3 anos.
“Os cursos técnicos oferecem formação prática e direcionada para uma profissão. Isso permite que o aluno atue ainda durante o curso, conquistando experiência e renda mais cedo”, destaca Donizete.
Menor custo, mais agilidade
Além de terem mensalidades mais acessíveis, os cursos profissionalizantes exigem menos tempo de dedicação – uma vantagem para quem busca retorno rápido. Segundo o especialista, uma estratégia comum é iniciar com um curso técnico e, depois, complementar com uma graduação. “Essa é uma ótima opção para quem deseja se inserir no mercado de trabalho com mais agilidade e já atuar na área escolhida e, após isso, especializar-se com formação de nível superior.”
Mercado de trabalho e tendências
Com o avanço da tecnologia, muitas funções administrativas e intelectuais podem ser parcialmente substituídas por sistemas de inteligência artificial. Mas, quando o assunto é manutenção, operação técnica e serviços de infraestrutura, a presença humana ainda é indispensável. Instaladores, mecânicos, técnicos em redes, eletricistas e profissionais de serviços residenciais, por exemplo, seguem sendo altamente requisitados.
“Em áreas como a indústria e a tecnologia da informação, o ensino técnico tem sido muito valorizado. Profissionais com habilidades específicas conseguem se destacar, principalmente em setores onde a demanda é maior do que a oferta de mão de obra”, afirma Donizete. Ele também aponta que áreas como desenvolvimento web, suporte de TI, automação e logística vêm registrando salários competitivos mesmo com formação técnica.
Vale a pena refletir sobre o seu momento
Quem está começando a carreira ou quer fazer uma transição pode encontrar no ensino profissionalizante uma oportunidade de se recolocar de forma mais rápida. O importante é alinhar o tipo de formação com os objetivos pessoais e profissionais, entendendo que ambos os caminhos – técnico e universitário – podem ser complementares.
Resumo:
Cursos técnicos oferecem formação mais rápida e barata, com alta empregabilidade em áreas práticas. Já a faculdade tem foco teórico e formação mais ampla. A escolha ideal depende dos objetivos do estudante e do setor desejado.
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