A chegada de um filho é algo muitas vezes aguardado e, após uma gestação, o gostinho de quero mais pode aparecer. Esse foi o caso das influenciadoras digitais Virginia Fonseca e Viih Tube. A esposa de Zé Felipe é mãe de Maria Alice, de 2 anos, Maria Flor, de 1, e atualmente espera o terceiro filho. Já a ex-BBB é mãe de Lua, que completou o primeiro ano de vida em abril, e espera o seu segundo filho. Mas, afinal, existe tempo ideal entre uma gestação e outra? AnaMaria te explica, confira!
O planejamento familiar é algo dinâmico e único, podendo variar de pessoa para pessoa, por isso, não existe um certo ou errado, apenas cuidados indicados. A médica especialista em maternidade, Anna Beatriz Herief, explica que, por evidência científica, não existe uma recomendação exata entre os partos e gestações.
EXISTE INTERVALO IDEAL ENTRE AS GESTAÇÕES?
O tempo, assim, é determinado pela futura gestante e pelo corpo, já que há alguns indicativos de que o organismo está pronto para receber outra gravidez.
Mas, o período exato, a ciência não sabe dizer. “Por consenso dos especialistas, os intervalos muito curtos, especialmente os abaixo de 12 meses, parecem aumentar os riscos de restrição de crescimento e prematuridade, então eles sugerem que a mulher evite intervalos de nascimento muito curtos, mas não existe um protocolo baseado em evidências”, afirma a médica.
Esse intervalo também depende de como foi o parto, algo que difere bastante entre as pessoas, pois depende de como o nascimento foi conduzido, se teve laceração, rompimento da pele e/ou músculos do períneo (assoalho pélvico) durante o parto, como está a recuperação pós-parto e se ainda sangra, como explica Anna Beatriz.
Por isso, cada mulher vai precisar ser avaliada por um médico especialista. “Principalmente, na segunda consulta pós o parto, lembrando que a primeira acontece 10 a 15 depois do nascimento do bebê”, indica a especialista.
Isso acontece porque é na segunda consulta pós-parto, na qual geralmente coincide com o retorno das atividades sexuais da mulher, que é avaliado o períneo e a cicatrização. Além disso, com 40, 45 até 60 dias pós-parto, a maioria já terá parado de sangrar e o períneo estará totalmente cicatrizado.
Assim, as tentativas de uma nova gestação podem começar. “Basicamente, se a mulher parou de sangrar, não teve laceração ou a laceração já está completamente recuperada, e, principalmente, a mulher deseja voltar a atividade sexual”, analisa Anna Beatriz sobre os preparativos para uma nova gravidez.
A médica ressalta que, após a gravidez, a maioria das mulheres sentem uma baixa libido, devido, principalmente, à exaustão com a nova rotina de amamentação e cuidados com o bebê, algo desproporcional para os parceiros, que muitas vezes não sentem tanto esses impactos, por isso, é importante não ceder as pressões e respeitar suas vontades de forma consciente.
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CORPO PRONTO PARA UMA NOVA GRAVIDEZ
Como não existe um tempo determinado cientificamente, um bom caminho é observar o seu corpo caso queira engravidar após uma gestação recente. Nesse processo, a amamentação também ajuda a ter uma noção do período em que estará pronta para gerar o próximo filho.
Acontece que – levando em conta a amamentação exclusiva, que deve ser até os seis meses de idade, e a amamentação mista (com o bebê comendo), até dois anos – quanto maior a demanda da criança ao peito, mais a normalização dos ciclos menstruais demora para retornar, pois a maioria não ovula nesse período.
Esse processo é natural e individual. “A maioria volta a ovular com a introdução alimentar do bebê, que acontece por volta dos seis meses de vida. Há ainda as que demoram entre dois ou mais anos para retornarem a ovular, a depender da demanda do bebê ao peito. Assim, a natureza entende que, como o bebê humano é o mais dependente da mãe, ainda não é hora da mulher voltar a ovular para receber uma nova gestação”, explica a médica.
Por isso, na segunda consulta pós-parto é ideal fazer, junto ao médico, um planejamento familiar, entendendo se deseja um método contraceptivo e quando estará aberta a uma nova gestação, “mas a própria natureza acaba cravando um tempinho para proteger a mulher, que geralmente é pós-amamentação exclusiva”, afirma Anna Beatriz sobre o retorno da ovulação, processo fundamental para a fecundação e, consequentemente, a gestação acontecer.
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