Cultivar plantas e flores em casa é uma forma de decorar ambientes, mas também um hobby. Além disso, o hábito pode contribuir para a redução do estresse e da ansiedade, algo chamado de plantoterapia. AnaMaria te explica mais sobre essa prática com funções terapêuticas, confira!
Esse hábito consiste no cultivo de sementes de ervas, flores e hortaliças dentro de casa, o que promove o bem-estar mental e a melhora do humor, além de se mostrar como um bom mecanismo contra o estresse, ansiedade, depressão, solidão e outras condições psicológicas.
Isso porque, terapias alternativas, como a plantoterapia, desempenham um papel importante na saúde emocional e mental, podendo oferecer abordagens que complementam tratamentos convencionais, principalmente quando a pessoa não responde bem a eles, como explica o psicanalista e professor sênior da Associação Brasileira de Psicanálise Clínica (ABPC), Artur Costa.
No caso da criação de plantas, há outros benefícios. “Métodos menos invasivos podem ser alternativas muito benéficas para saúde emocional. O cultivo e o cuidado com plantas em casa podem trazer estímulos à criatividade e coordenação motora”, afirma o especialista.
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Plantoterapia
Estar em ambientes naturais traz algumas vantagens, pois eles tendem a ter um efeito calmante diminuindo os níveis de cortisol, conhecido como hormônio do estresse. Por isso, o cultivo das plantas pode ser um hábito saudável.
Se deseja criar essa rotina, a proximidade é essencial. “É importante criar no ambiente da casa a possibilidade de plantar, mexer na terra, adubar, expor ou proteger do sol, a proteção de doenças e pragas. Pequenas hortas e jardins podem gerar alimento e arranjos lindos para sua casa. Apreciar o resultado também é terapêutico”, diz o psicanalista.
Mas as atividades terapêuticas se diferenciam da terapia. Isso porque a terapia, geralmente, se refere a tratamentos que seguem uma estrutura e que tem como objetivo resolver problemas relacionados à saúde mental específicos, como transtorno de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático.
Para esse tipo de prática é necessário um acompanhamento médico. “Isso envolve intervenções que podem ser feitas por múltiplas técnicas psicológicas, como psicanálise e a terapia cognitiva comportamental e até mesmo com intervenções medicamentosas por médicos psiquiatras”, orienta o especialista.
Já uma atividade terapêutica, como plantio e jardinagem, oferece benefícios terapêuticos, mas não necessariamente trata um distúrbio específico. “Atividades terapêuticas podem ser praticadas individualmente ou em grupos, na maioria das vezes sem a necessidade de auxílio de qualquer profissional de saúde mental”, afirma Costa.
Por isso, a plantoterapia tem como desvantagem o fato que pode se tornar algo substitutivo e não auxiliar de outras terapias, correndo o risco, assim, de se transformar em uma compulsão pelo cultivo de plantas, algo que merece atenção e cuidado.
Importância do contato com a natureza
A interação com o meio ambiente traz uma série de benefícios para a saúde física e mental e a falta dela tem até nome: Transtorno do Déficit de Natureza (TDN). Esse termo foi criado em 2005, nos Estados Unidos, pelo jornalista Richard Louv, no livro best-seller “Last Child in the Woods” (LCW), para se referir a problemas de saúde física, mental e emocional decorrentes da falta de contato com a natureza.
Segundo Costa, diversas pesquisas já sugerem que a interação com ambientes naturais podem reduzir o estresse, ansiedade e a depressão, melhorando a resiliência. Isto é, “a capacidade de voltar ao estágio original mais rapidamente em momentos de estresse e pós-traumático”, afirma o psicanalista.
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