Ficar longe de seu cão ou gato é uma experiência que nenhum tutor gosta – ainda mais se ele estiver perdido. Em ocasiões comuns, já seria desesperador. Imagina em meio a uma tragédia natural como a enchente no RS? Por isso, é importante saber como achar pets perdidos.
Pensando nisso, o veterinário Raphael Clímaco criou a SOS Pets, um site e aplicativo gratuito que ajuda donos a encontrarem seus animais de estimação perdidos durante a tragédia climática que assola o estado. De acordo com a Defesa Civil, mais de 12 mil animais foram resgatados desde o início das chuvas.
E a expectativa é que esse número seja ainda maior. Os bichinhos encontrados são encaminhados para abrigos provisórios. Ainda segundo o órgão, 80 do tipo foram criados. E lá estão boa parte dos animais perdidos de seus tutores. Mas como achar pets perdidos?
O SOS Pets
O aplicativo atua em duas frentes: oferece auxílio aos donos que se perderam dos animais e às pessoas e ONGs que encontram os pets perdidos. Pelo SOS Pets, ambos podem se encontrar com base nas fotos e outras informações cadastradas, como raça, peso e coloração.
Além disso, a plataforma permite que pessoas que estão em local seguro se voluntariem para oferecer lar temporário aos animais que estão desabrigados. Em entrevista à AnaMaria, Raphael deu mais detalhes sobre o projeto: “Caso você encontre algum pet perdido, basta clicar no botão que te leva ao WhatsApp do dono ou pessoa que o cadastrou”.
De acordo com a contagem, entre 20 a 25 pets já foram encontrados pela plataforma. Porém, esse número tem tudo para aumentar nas próximas atualizações. Um dos cães que ganhou um novo lar após a enchente no RS é a Mathias. A cadela foi adotada pela própria equipe responsável pelo aplicativo.
O SOS Pets trabalha com uma atualização futura que pretende ajudar ainda mais: o uso de inteligência artificial para identificar os animais perdidos de maneira automática. Além disso, a expectativa é abranger a utilização para todo o Brasil – e não só para o Rio Grande do Sul, como é atualmente.
Pessoas ou empresas interessadas em apoiar o projeto podem fazer isso diretamente pelo site: “Basta preencher o formulário que o time interno da Plamev vai entrar em contato”, explica o representante do projeto. Acesse o site clicando aqui.
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Mais dicas para achar pets perdidos
- Fase inicial de buscas –
Inicialmente, é recomendado que procurar nas redondezas de sua casa! Se o cachorro ou gato sumiu há pouco tempo, é provável que ele ainda esteja por perto. Por isso, faça buscas no quarteirão e em outras ruas próximas do seu bairro.Se seu pet costuma responder comandos e chamados, é bom chamá-los pelo nome. Além disso, mostre fotos e pergunte à lojistas, comerciantes e outras pessoas que possam ter visto. Também é bom contar com a ajuda de outras pessoas, como amigos e familiares que também o reconheçam.
- Instinto apurado –
Outra boa dica é estimular a memória afetiva e possíveis lembranças do cachorro ou gato, utilizando roupas e outros itens que podem fazê-lo recordar. Os animais têm sentido muito apurado – muito maiores do que os humanos. Por isso, podem sentir odores e ouvir chamados bem distantes.Para atraí-lo, use brinquedos que ele costumava gostar e ofereça alguns quitutes que podem chamar atenção, como petiscos e sachês especiais. Roupas e outros itens com cheiros familiares também podem chamar sua atenção, caso esteja nas redondezas.
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- Divulgação –
Após 24h do desaparecimento, a busca se torna mais complexa. O tempo é suficiente para o animal alcançar distâncias maiores. Por isso, considera aumentar seu raio de buscas. Além disso, a ampla divulgação do sumiço do pet se faz necessária.Os tradicionais cartazes colados pelas ruas ainda são muito úteis. Também é válido anunciar o desaparecimento do bichano nas redes sociais, com algumas informações, como nome, coloração, raça e os contatos dos responsáveis.
- Prevenção!
Como diz o velho ditado: é melhor prevenir do que remediar. Isso significa que os tutores podem – ou devem – utilizar algumas técnicas e acessórios que ajudem a encontrar os pets perdidos mesmo antes do possível desaparecimento.Entre as medidas mais tecnológicas, estão os chips localizadores com GPS. O dispositivo, que é de uso externo, ou seja, não precisa ser inserido na pele do animal, fornece a localização do bichano em tempo real, enviando as informações para celulares, aplicativos ou sites.
Já o microchip interno precisa ser inserido internamente. Do tamanho de um grão de arroz, o dispositivo armazena as principais informações do pet como nome, espécie, sexo, cor, idade, raça e os dados do tutor. Caso ele seja encontrado, um local com leitor de microchip, como clínicas veterinárias, podem encontrar em contato com o tutor.
Nas medidas tradicionais, a coleira com informações dos donos também são úteis.