Você sabia que cerca de 41% dos lares brasileiros têm um vira-lata como companheiro? Não é por acaso! Também chamado de SRD (Sem Raça Definida), esse tipo de cachorro se destaca justamente por não ter um padrão específico. Isso significa que cada cão é absolutamente único – em aparência, temperamento e até no jeitinho de demonstrar amor. Ao adotar um vira-lata, você leva para casa um amigo com personalidade só dele.
Ao contrário do que se pensava no passado, hoje em dia o termo “vira-lata” ganhou um novo significado: virou sinônimo de resistência, carinho e companheirismo. Afinal, mesmo sem pedigree, eles conquistam corações com facilidade.
Como surgiram os cães SRD
É difícil determinar a origem exata dos cães SRD, porque eles são resultado de misturas variadas entre diferentes raças. Historicamente, acredita-se que o nome “vira-lata” surgiu porque muitos deles, quando viviam nas ruas, procuravam comida revirando latas ou sacos de lixo. No entanto, o que importa mesmo é que eles sempre estiveram presentes nas famílias brasileiras – e com o tempo, deixaram de ser vistos com preconceito.
Além disso, o termo ganhou contornos simbólicos na cultura nacional. Para o dramaturgo Nelson Rodrigues, por exemplo, o “complexo de vira-lata” representava a ideia de inferioridade do brasileiro. Hoje, felizmente, os cachorros SRD são celebrados por sua diversidade e autenticidade.
Cores, tamanhos e temperamentos do vira-lata
Os cães sem raça definida são surpreendentes justamente por sua variedade. Você pode encontrar vira-latas de todos os tamanhos, cores e estilos. Tem o clássico caramelo, mas também os brancos, pretos, canelas e até manchados. Eles podem ser peludos, peladinhos, grandes ou pequeninos.
Quando se trata de comportamento, vale dizer que o temperamento dos SRDs pode variar bastante. Em geral, eles são inteligentes e muito espertos. Por outro lado, cães que viveram nas ruas podem ser mais desconfiados ou medrosos. Nesse caso, o segredo é apostar na paciência e no amor para ajudar o peludo a se adaptar.
Se você adotar um vira-lata filhote, terá mais facilidade para socializá-lo e treiná-lo. Isso porque, sem os traços marcantes de raças específicas, eles tendem a ser mais maleáveis. Treinos com reforço positivo funcionam super bem com eles!
Os cuidados com a saúde do seu SRD
Ainda que os vira-latas tenham fama de resistentes, isso não significa que eles não precisem de atenção à saúde. Ao contrário: vacinação em dia, vermifugação, escovação dos dentes e passeios regulares são cuidados essenciais. E, claro, nada substitui as visitas periódicas ao veterinário.
Se a sua SRD for fêmea, é importante considerar a castração. O procedimento ajuda a prevenir doenças como a piometra e ainda evita crias indesejadas. Vale lembrar que uma cadela pode ter até oito filhotes por vez!
Além disso, observe o porte do seu peludo: os maiores costumam apresentar problemas articulares, enquanto os menores podem sofrer com obesidade. Portanto, mantenha uma alimentação equilibrada e ofereça atividades físicas todos os dias.
Por que adotar um vira-lata faz toda a diferença
Adotar um cão SRD é um gesto de amor que muda duas vidas: a sua e a do bichinho. Em vez de comprar um cachorro, que tal visitar uma ONG ou feira de adoção? Há muitos peludos esperando por uma nova chance.
Mais do que um companheiro, você vai ganhar um amigo fiel, divertido e cheio de carinho para dar. Além disso, o vira-lata costuma ser muito agradecido – talvez por saber, no fundo, que foi salvo por alguém especial.
Resumo: Os cães vira-latas são companheiros incríveis, únicos e cheios de amor para oferecer. Com os cuidados adequados e muito carinho, eles se tornam parte essencial da família. Por isso, se você está pensando em ter um cachorro, considere adotar um SRD – ele vai te surpreender todos os dias.
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