Quem nunca comprou uma peça de roupa por impulso, usou uma vez só e depois deixou esquecida no fundo do armário? Essa cena se repete em muitas casas e, além de pesar no bolso, contribui para um problema ambiental sério: o excesso de resíduos têxteis. No Brasil, são cerca de 170 mil toneladas por ano, segundo o Sebrae e o relatório Fios da Moda 2023. Pior: apenas 20% disso é reaproveitado ou reciclado.
Mas a boa notícia é que dá para mudar esse cenário – e o melhor, economizando! Segundo Vítor Vasconcellos, CEO da Social Express, rede especializada em aluguel de trajes sociais, aderir à economia circular é uma forma de “consumir de forma mais inteligente e acessível”. E não estamos falando apenas do meio ambiente, viu? “A economia circular reduz os gastos com roupas, sem abrir mão da qualidade ou do estilo”, destaca o especialista.
Apostar no brechó é bom para o bolso e para o estilo
Os brechós deixaram de ser sinônimo de roupa antiga e viraram tendência entre quem quer economizar e se vestir bem. E com razão: dá para encontrar peças de marca por preços bem mais baixos, muitas vezes novas ou semi-novas. Segundo o Sebrae, o número de brechós no Brasil cresceu quase 31% nos últimos cinco anos – e não foi por acaso.

“Hoje os brechós estão mais sofisticados e diversos, oferecendo peças únicas para diferentes perfis de consumidores”, explica Vítor. Isso significa que, além de pagar menos, você ainda pode montar um guarda-roupa exclusivo, sem aquele risco de encontrar alguém usando a mesma peça por aí. E, claro, tudo isso com menos impacto ambiental.
Alugar roupa evita gastos com looks que você usaria só uma vez
Sabe aquele vestido longo para o casamento da prima ou o terno para uma formatura? Em vez de gastar uma fortuna comprando, que tal alugar? Essa prática está se tornando cada vez mais comum – e faz todo o sentido. Ao optar pelo aluguel, você evita o desperdício e ainda poupa dinheiro.
Só em 2024, a Social Express ganhou 3.800 novas clientes apostando nesse modelo. Além disso, o aluguel de roupas ajuda a ampliar a vida útil das peças e diminui a necessidade de produção em larga escala, o que alivia o uso de recursos naturais. Ou seja, seu bolso agradece – e o planeta também!
Com o upcycling, você transforma o que já tem e economiza
Sabe aquela calça jeans que rasgou ou a camisa que ficou larga demais? Com um pouco de criatividade (e até a ajuda de uma costureira), dá para transformá-las em novas peças usando o upcycling – uma técnica que reaproveita tecidos ou roupas antigas para criar algo novo e cheio de estilo.

Essa prática valoriza o que já temos no armário e evita novas compras. O upcycling também virou queridinho de estilistas, marcas autorais e um modelo de negócio promissor, mostrando como é possível unir moda, sustentabilidade e economia pessoal em uma mesma escolha. Sem contar que as peças feitas com upcycling são únicas!
“Esse modelo reforça a moda consciente, destaca a exclusividade e vem sendo impulsionado por influenciadores, marcas autorais e eventos de moda sustentável”, comenta Vasconcellos.
O consumo consciente cabe no seu orçamento
Ao usar menos recursos e dar nova vida a roupas que já existem, você reduz compras por impulso e consegue manter um orçamento mais equilibrado. Além disso, consumir com consciência muda a relação que temos com as roupas. “A consumidora passa a comprar com mais critério, pensando em custo-benefício e impacto”, analisa Vítor.
E mais: comprar menos, alugar mais e reaproveitar o que temos em casa também significa gastar menos com manutenção do guarda-roupa, como lavanderias, cabides, caixas organizadoras… Pequenas economias que, no fim do mês, fazem diferença no seu bolso.
Negócios com propósito também geram oportunidades
Além de consumir de forma mais econômica, você pode transformar esse hábito em uma renda extra. Já pensou em montar um brechó online ou fazer upcycling como uma fonte de renda? “Hoje, empreendimentos sustentáveis têm um diferencial competitivo forte e são bem vistos pelo público”, explica Vítor.
A Social Express, por exemplo, atua com franquias que seguem o modelo da economia circular. O investimento inicial pode parecer alto (R$ 250 mil), mas o retorno financeiro é promissor. Se a ideia é apenas complementar a renda, começar pequeno com um brechó em redes sociais já é um ótimo começo – e requer bem menos investimento.
Resumo: Alugar, reaproveitar e comprar de segunda mão são atitudes simples que fazem diferença no bolso e no planeta. A economia circular na moda mostra que é possível gastar menos, manter o estilo e ainda contribuir com um futuro mais sustentável. Faça escolhas conscientes e perceba que economizar também pode ser um ato de autocuidado.
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