A influenciadora Maíra Cardi, 41 anos, revelou neste domingo (27) que foi diagnosticada com trombofilia, uma condição que provoca maior tendência à formação de coágulos sanguíneos. Durante a gestação, o problema pode gerar complicações como pré-eclâmpsia, parto prematuro e até aborto.
Maíra explicou que, ciente dos riscos, decidiu inicialmente não tornar pública a gravidez. “Jamais chamaria minha gravidez de doença. Eu realmente estou doente”, afirmou ela em um vídeo postado no TikTok.
Com o agravamento do quadro, no entanto, a influenciadora sofreu um aborto espontâneo. Segundo ela, tanto sua vida quanto a do bebê estavam em risco.
“Se eu não tivesse perdido o Rafah, eu estaria morta, literalmente”, disse Maíra, que também é mãe de Sophia, 6 anos, e Lucas Cardi, 24. “Possivelmente, ou eu ou o Rafah teríamos morrido”, completou.
Durante o relato, Maíra contou que tentou diversas vezes anunciar a gestação, mas enfrentou dificuldades. Muitos vídeos que ela postava eram excluídos automaticamente pelas plataformas digitais.
“Alguns de vocês viram [antes de o vídeo ser removido]… Pensei: ‘Essas 300 pessoas já sabem. Vai sair em site de fofoca'”, disse ela. A influenciadora agradeceu aos seguidores pelo silêncio e pelo cuidado após o ocorrido.
Ainda segundo Maíra, ela só decidiu compartilhar a notícia porque já começava a aparecer a “barriguinha”. Como é conhecida por seus cursos de barriga negativa, sentia-se desconfortável em esconder a gestação.
“Já estava na hora de contar porque a gente já tinha passado dos três meses, o período de risco. Não tinha mais como esconder. Já estava me sentindo mal de mentir”, revelou.
@cardinigro Minha gravidez, desabafo, novidades e várias outras coisas que quero compartilhar com vocês! ❤️ #maternidade #Gravidez #gestação #casal #filhos #mairacardi #thiagonigro #familia ♬ som original – Cardi Nigro
Entenda a trombofilia, condição de Maíra Cardi
A trombofilia é uma condição pré-existente em que o sangue apresenta maior risco de formar coágulos. Durante a gravidez, esse risco se eleva devido a mudanças naturais no corpo da mulher.
Essas mudanças, chamadas de hipofibrinólise e hipercoagulabilidade, protegem contra hemorragias no parto, mas aumentam a chance de tromboses em até seis vezes em comparação às mulheres não grávidas.
Diversos fatores podem favorecer o surgimento da trombofilia, incluindo:
- Idade materna avançada;
- Histórico de trombose venosa;
- Obesidade;
- Períodos prolongados de imobilização.
Sheron Menezzes revela que sofreu um aborto espontâneo: “Agressivo”
Riscos da trombofilia para mãe e bebê
Mulheres com trombofilia que engravidam têm maior probabilidade de enfrentar complicações como:
- Pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
- Problemas no crescimento do bebê;
- Abortos espontâneos;
- Menor oxigenação para o feto, podendo causar sofrimento fetal;
- Insuficiência placentária;
- Descolamento prematuro da placenta.
Leia também:
Caso Sabrina Sato: como um aborto espontâneo pode impactar o psicológico da mulher?