A morte de Stefane Xavier da Silva, de 31 anos, no último domingo (13), em Cidade Ocidental (GO), chocou o país e acendeu um alerta importante para todos os tutores: saber reconhecer os sinais de agressividade em cachorro pode, sim, salvar vidas. Stefane foi atacada pelo próprio cão da raça pit bull, dentro de casa, enquanto estava com a filha de quatro meses e a companheira. Infelizmente, ela não resistiu aos ferimentos no pescoço e no rosto.
Os vizinhos, que ouviram os gritos de socorro, conseguiram salvar a criança e a parceira, mas o cão foi morto no local. Segundo a família, o cachorro havia sido adotado adulto, há cerca de um ano. A relação com a tutora parecia amorosa, como mostram as fotos publicadas nas redes sociais. A polícia segue investigando o caso.
Entenda os comportamentos que indicam um possível ataque de cachorro
De acordo com o blog da Petz, os cães quase sempre dão sinais antes de agir com agressividade. Em geral, esses indícios aparecem de forma gradual e podem ser percebidos no olhar fixo, na rigidez corporal, em rosnados ou latidos fora do comum. Ainda que algumas raças tenham tendência à dominância, qualquer cão pode apresentar comportamentos agressivos em situações de medo, dor ou estresse.
Portanto, se o seu amigo de quatro patas começar a se isolar, rosnar durante as refeições, lamber o nariz em excesso ou manter o rabo entre as pernas, fique atenta. Esses são sinais de agressividade em cachorro que não devem ser ignorados.
O que pode deixar o cachorro agressivo?
Diversos fatores contribuem para um comportamento agressivo em cães. Entre os mais comuns, estão: dor, frustração, falta de socialização, traumas, distúrbios hormonais e proteção territorial. No caso de raças como o pit bull, que historicamente foram treinadas para guarda ou combate, a atenção deve ser ainda maior, especialmente se o animal tiver passado por abandono ou maus-tratos.
Vale lembrar que mesmo um cão dócil pode se transformar quando algo o incomoda profundamente. Por isso, observar a rotina e o bem-estar do pet é fundamental para evitar um possível ataque de cachorro.
Como prevenir a agressividade
A melhor forma de prevenir comportamentos perigosos é investir em socialização desde cedo. Passear com o pet, apresentar pessoas novas e garantir um ambiente equilibrado fazem toda a diferença para que ele cresça mais calmo e confiante.
Além disso, cães adultos que demonstram mudanças de comportamento devem ser avaliados por um médico-veterinário. Problemas de saúde, dores crônicas ou alterações hormonais podem influenciar o temperamento. Contar com um adestrador experiente também ajuda a redirecionar comportamentos indesejados com técnicas seguras e eficazes.
Existe uma raça mais propensa a agressividade?
Não se pode afirmar que uma raça é naturalmente perigosa, mas algumas exigem mais cuidados. Entre elas estão o pit bull, Rottweiler, Fila Brasileiro e Chow-Chow. Essas raças precisam de socialização intensa, ambiente equilibrado e, muitas vezes, treinamento profissional para garantir a convivência segura com a família.
No entanto, é importante reforçar: qualquer cão, independentemente da raça, pode apresentar comportamento agressivo. O segredo está na forma como ele é cuidado, educado e tratado em casa.
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