A sequência de ‘Divertida Mente’ (2015) já está entre nós desde a última quinta-feira (20) e, mesmo após quase uma década de espera, o sucesso da franquia ainda quebra recordes: a continuação bateu US$ 1 bilhão em bilheteria em apenas 19 dias em cartaz.
A força das lições de ‘Divertida Mente 2’ (2024) também não ficam para trás do primeiro. Na nova animação, Riley já é uma adolescente e conta com quatro novas emoções: Ansiedade, Inveja, Tédio e Vergonha. Tomando o lugar das que já conhecemos, elas decidem que a protagonista precisa de uma repaginação na personalidade, criando um caos na cabeça da jovem.
Junto com a psicanalista Andréa Ladislau e a psicóloga Elisangela Niná, AnaMaria separa três lições de ‘Divertida Mente 2’ que podemos aprender com o filme – e, de quebra, entender de uma forma menos complexa como funcionam as nossas emoções.
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Ansiedade é do mal?
A ansiedade é umas novas emoções que são apresentadas na sequência do longa, assim que Riley entra na puberdade. No decorrer do filme, ela é considerada a grande vilã pelas outras emoções, que, para cuidar da protagonista, sentem que devem combatê-la.
Para a psicóloga Elisangela Niná, uma das lições de ‘Divertida Mente 2’ é que, no fim da produção, fica claro que a ansiedade não é uma emoção do mal. “Ela vem para nos ajudar a organizar alguns conflitos, cenários de medo e preocupação”, ela diz.
O problema, segundo a profissional, é que, quando não conseguimos manter a organização interna, podemos entrar em uma espécie de curto-circuito. “A ansiedade é uma emoção do bem, mas aparece como um apito inicial e, se não dermos importância, pode crescer em proporções perigosas”, esclarece.
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Nenhuma emoção é negativa
Por mais que no começo do filme não pareça, uma das lições de ‘Divertida Mente 2’ é contradizer a ideia de que algumas emoções são negativas. A ansiedade é um dos principais exemplos do longa, mas é a partir da vergonha que a psicóloga explica isso na prática.
“Ela é importante para travar alguns comportamentos que podem ser inadequados”, afirma Elisangela. Outra função, que acontece ao longo do filme com a inveja, é auxiliar outras emoções. “Ela pode servir como combustível de outras ações”, diz. O problema está na forma de manusear e, se ocorrer de forma equivocada, pode tomar conta do sistema e se sobressair.
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Podemos reprimir emoções?
A psicanalista Andréa Ladislau explica que emoções reprimidas não ajudam no autocontrole. O filme mostra justamente o contrário e que, para termos senso de quem somos, é preciso se permitir chorar, ter medo, inveja, vergonha ou raiva: “Tudo dentro de um limite saudável e sem exageros ou excessos.”
Ao invés de reprimi-las, a psicanalista diz: “Precisamos estar atentos ao que nossas emoções sinalizam. Por exemplo, sentir raiva quando alguém invade nosso espaço, é uma indicação da necessidade de se defender. Experimentar tristeza diante de perdas é importante para elaboração do luto, e assim por diante.”
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