A atriz Cláudia Ohana realizou um protesto contra o etarismo na Avenida Paulista, em São Paulo, e compartilhou um vídeo da ação em seu perfil no Instagram na última terça-feira (11). No vídeo, a artista aparece escrevendo uma mensagem em uma placa e caminhando pela via exibindo a frase: “Não estamos velhas aos 62”.
Após o ato, Cláudia reforçou sua mensagem na legenda do post: “Depois do carnaval, resolvi botar o meu bloco na rua. Meu bloco é esse. Não estamos velhas. O número não me define”. Ela também destacou que o que a define são sua disposição, felicidade, vontade de aprender e seus sonhos.
Nos comentários, a atitude da atriz foi amplamente elogiada por seguidores, que se identificaram com a mensagem. “Idade é apenas um número, estou no mesmo bloco que você, Cláudia, maravilhosa!”, comentou uma seguidora. “Tenho 69 e não estou velha”, disse outra.
O que é etarismo?
O etarismo é o preconceito contra pessoas com base na idade, especialmente em relação ao envelhecimento. Essa discriminação pode ocorrer em diversas áreas da vida, como no mercado de trabalho, na mídia, na moda e até mesmo nas interações sociais do dia a dia. Muitas vezes, ele se manifesta de forma sutil, através da desvalorização de pessoas mai s velhas ou da ideia equivocada de que, após determinada idade, elas perdem utilidade ou capacidade.
Como o etarismo acontece?
O preconceito etário pode se manifestar de diferentes maneiras, como:
- No mercado de trabalho: Dificuldade de conseguir emprego após os 50 ou 60 anos.
- Na mídia e entretenimento: Falta de representatividade de pessoas mais velhas em papéis relevantes.
- Nos relacionamentos: Crença de que há um “prazo de validade” para se apaixonar, aprender algo novo ou mudar de carreira.
- Na sociedade: Frases como “para sua idade, até que está bem” reforçam estereótipos negativos sobre o envelhecimento.
Envelhecer não significa parar
Hoje, pessoas acima de 60 anos estão mais ativas do que nunca. Muitas seguem suas carreiras, começam novos projetos, praticam esportes e continuam a explorar o mundo com energia e vitalidade. A longevidade aumentou, e com ela, a qualidade de vida das pessoas nessa faixa etária.
A luta contra o etarismo não é apenas um movimento social, mas uma mudança de mentalidade. Como Cláudia Ohana demonstrou em seu protesto, a idade não define ninguém – o que nos define são nossas escolhas, disposição e vontade de seguir em frente.