Nos últimos dias, o calor tem sido um tema recorrente no Espírito Santo, especialmente com a proximidade do fim do verão. A questão que muitos se perguntam é: qual cidade capixaba é a mais quente? As respostas mais comuns incluem Cachoeiro de Itapemirim, Marilândia e Colatina. Para esclarecer essa dúvida, a Coordenação de Meteorologia do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realizou uma análise detalhada com base nos registros históricos de temperatura.
O histórico de temperaturas extremas no estado revela dados interessantes sobre essas cidades. Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, possui uma estação meteorológica que foi instalada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em 1925. Após um período de inatividade, a estação voltou a operar em 2005, proporcionando uma nova série de dados até 2019. Já Colatina não possui uma estação própria, e os dados mais próximos são provenientes de Marilândia, que foi parte de Colatina até certo ponto.
Quais são os recordes de calor no Espírito Santo?
Quando se trata de recordes de calor, Colatina (representada por Marilândia) registrou sua temperatura mais alta em 2 de janeiro de 2016, atingindo 42,3°C. Cachoeiro de Itapemirim, por sua vez, detém o recorde estadual com 43°C, registrado em 31 de outubro de 2012. Este recorde superou o anterior de 42,5°C, registrado em 9 de janeiro de 1969.
Vitória também enfrenta temperaturas extremas?
Engana-se quem pensa que a capital, Vitória, está imune ao calor intenso. O recorde de temperatura na cidade foi de 39,6°C, registrado em 25 de fevereiro de 2006. A estação meteorológica da Ilha de Santa Maria, que começou a operar em 1924, forneceu dados valiosos por quase um século até ser desativada em 2023.
Como as mudanças climáticas influenciam as temperaturas no Espírito Santo?
As mudanças climáticas têm um papel significativo no aumento das temperaturas extremas observadas no Espírito Santo. O aquecimento global contribui para a elevação das temperaturas médias, o que pode intensificar eventos de calor extremo. Além disso, a urbanização e o desmatamento também afetam o microclima das cidades, potencializando o efeito de ilhas de calor urbanas.
Compreender os padrões climáticos e os fatores que influenciam as temperaturas é crucial para o planejamento urbano e a mitigação dos impactos do calor extremo. A análise dos dados históricos e a continuidade do monitoramento meteorológico são essenciais para adaptar as cidades capixabas às mudanças climáticas e proteger a saúde e o bem-estar de seus habitantes.