A obsessão com a aparência pode trazer impactos sérios para a saúde mental, como mostra a novela ‘Beleza Fatal’ com a personagem Gisela Argento. No folhetim da Max, a ricaça interpretada por Julia Stockler sofre com dismorfia corporal, condição psicológica que afeta a percepção do próprio corpo. Esse transtorno pode levar a comparações excessivas, insatisfação constante e até riscos à saúde. Mas como ele se manifesta e quais os caminhos para tratá-lo?
O que é o transtorno dismórfico corporal?
A dismorfia corporal é um transtorno caracterizado por uma preocupação excessiva e irracional com a própria aparência. Quem sofre dessa condição tende a enxergar defeitos inexistentes ou exagerar pequenas imperfeições, levando a um sofrimento intenso. Esse quadro pode causar isolamento social, ansiedade e até depressão.
Na novela ‘Beleza Fatal’, Gisela retrata essa realidade ao buscar incessantemente padrões inatingíveis de beleza. Esse comportamento reflete o que muitas pessoas enfrentam na vida real, alimentadas por uma sociedade que impõe exigências estéticas cada vez mais rigorosas.
Redes sociais e a pressão pela perfeição
As redes sociais desempenham um papel crucial nessa busca pela perfeição. O uso excessivo de filtros e edições cria padrões irreais, fazendo com que muitas pessoas se comparem constantemente com imagens manipuladas. Esse fenômeno potencializa a dismorfia corporal e pode levar a comportamentos compulsivos, como a necessidade de confirmação externa sobre a própria aparência.
Especialistas alertam que evitar a exposição excessiva a esse tipo de conteúdo é essencial para preservar a saúde mental. Diminuir o tempo nas redes, seguir perfis que promovem a diversidade e valorizar aspectos além da aparência são estratégias eficazes para reduzir os impactos negativos.
Os riscos da intervenção estética sem avaliação psicológica
Muitas pessoas com dismorfia corporal recorrem a procedimentos estéticos e cirúrgicos na tentativa de corrigir falhas que, muitas vezes, só elas percebem. No entanto, sem um acompanhamento adequado, esse comportamento pode levar a um ciclo de insatisfação e intervenções médicas desnecessárias.
Médicos especializados ressaltam a importância de uma avaliação criteriosa antes de qualquer procedimento. Em muitos casos, o melhor caminho é buscar ajuda psicológica para entender a origem dessa insatisfação e trabalhar a autoestima de forma saudável.
Como tratar a dismorfia corporal
O tratamento da dismorfia corporal envolve acompanhamento profissional com psicólogos e, em alguns casos, psiquiatras. A terapia cognitivo-comportamental é uma das abordagens mais eficazes, pois ajuda o paciente a reestruturar sua percepção sobre a própria imagem.
Atividades que promovem bem-estar também são aliadas importantes. Praticar exercícios físicos, investir em hobbies e cercar-se de pessoas que valorizam mais do que apenas a aparência são passos fundamentais para construir uma relação mais saudável com o próprio corpo.
A importância do olhar profissional
Profissionais da saúde têm um papel essencial ao lidar com pacientes que demonstram sinais de busca pela perfeição extrema. Cirurgiões plásticos devem agir com responsabilidade ao identificar indícios de dismorfia corporal, orientando seus pacientes a refletirem sobre suas expectativas e necessidades reais.
O autoconhecimento e a aceitação são chaves para romper com esse ciclo. Afinal, a verdadeira beleza está na diversidade e na capacidade de reconhecer o próprio valor além da aparência.
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