O HPV (papilomavírus humano) é um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento de diversos tipos de câncer, afetando tanto homens quanto mulheres.
No Brasil, a vacinação contra o HPV faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI) e está disponível gratuitamente para meninos e meninas de 9 a 14 anos. No entanto, a imunização não se restringe apenas a esse público.
Quem pode se vacinar no SUS?
A vacina contra o HPV é aplicada gratuitamente pelo SUS em:
- Crianças e adolescentes de 9 a 14 anos;
- Pessoas imunossuprimidas, incluindo portadores de HIV/Aids, transplantados e pacientes com câncer (com um esquema de três doses);
- Vítimas de abuso sexual, com doses recomendadas conforme a idade: duas doses entre 9 e 14 anos e três doses entre 15 e 45 anos.
Além disso, o Ministério da Saúde incentiva que estados e municípios façam busca ativa de jovens de até 19 anos que não receberam as doses na idade recomendada, permitindo a vacinação com dose única.
Por que a vacina é priorizada para crianças e adolescentes?
A estratégia de vacinação prioriza indivíduos antes da exposição ao vírus, ou seja, antes do início da vida sexual. Embora existam estudos que indiquem eficácia na vacinação de adultos que já tiveram contato com o vírus, a proteção é menor, o que justifica a prioridade para crianças e adolescentes em termos de saúde pública.
Vacina para adultos: como funciona?
Pessoas acima da faixa etária definida pelo SUS podem se vacinar em clínicas particulares. Atualmente, a vacina está disponível nas versões quadrivalente (fornecida pelo SUS) e nonavalente (disponível em clínicas privadas desde 2023).
- Nonavalente: Protege contra nove tipos de HPV e custa entre R$ 800 e R$ 900 por dose em clínicas privadas.
- Quadrivalente: Disponível gratuitamente no SUS, protege contra quatro tipos do vírus.
A revacinação com a vacina nonavalente é recomendada para quem tomou a quadrivalente, pois amplia a proteção contra o câncer de colo do útero de 70% para 90%.
Por que homens devem se vacinar?
A vacinação contra o HPV ainda é associada, principalmente, à prevenção do câncer de colo do útero, mas o vírus também pode causar câncer de pênis, orofaringe, ânus e canal anal, afetando diretamente a saúde masculina.
O HPV é altamente transmissível e pode ser contraído não apenas por contato genital, mas pelo beijo e pelo toque em áreas com lesões. Segundo um relatório da Fundação do Câncer, o câncer de orofaringe relacionado ao HPV afeta 594,85% mais homens do que mulheres, reforçando a importância da imunização masculina.
Ou seja, homens podem e devem se vacinar contra o HPV, seja pelo SUS (quando elegíveis) ou em clínicas particulares. A vacina oferece uma proteção ampla contra diversas doenças graves e é uma ferramenta essencial para a saúde pública!
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