O roubo de celulares no Brasil é um problema crescente, com mais de 988 mil dispositivos reportados como roubados em 2023. Esse aumento destaca que o interesse dos criminosos não se limita apenas ao aparelho, mas se estende também aos dados armazenados nele. Informações bancárias e pessoais se tornaram alvos valiosos, levando a uma especialização em crimes de extração de dados.
Esses incidentes revelam como os dados pessoais são explorados de maneira cada vez mais sofisticada. Discussões em torno da segurança digital ganham mais relevância, especialmente com o aumento dos crimes de ‘bypass‘ e ‘SIM Swapping’, que estão se tornando uma preocupação significativa para usuários de dispositivos móveis.
O que é o “Bypass”?
O termo ‘bypass’ refere-se a uma técnica onde os criminosos conseguem contornar ou “passar por cima” das configurações de segurança, como senhas e métodos de desbloqueio, para ter acesso completo ao dispositivo. A prática permite que os invasores alterem o PIN original, garantindo assim controle total sobre o smartphone e acesso irrestrito às informações da vítima.
O aumento desse tipo de fraude destaca a necessidade de medidas de segurança mais robustas e o entendimento dos riscos associados ao uso de métodos tradicionais de proteção de dados. Com a crescente adoção de desbloqueios biométricos, a expectativa é que este método ajude a mitigar tais ameaças, embora perpetuamente existam brechas que necessitem de atenção.
Como funciona o “SIM Swapping”?
O ‘SIM Swapping’, ou troca de SIM, ocorre quando os criminosos conseguem simular a identidade do proprietário do celular para solicitar um novo chip em nome deste. Assim que o novo SIM é ativado, eles passam a ter acesso a chamadas, mensagens, e, principalmente, aos códigos de autenticação baseados em SMS de aplicativos financeiros, por exemplo.
O impacto dessa fraude é imediato, mas pode ser detectado com rapidez se o usuário prestar atenção a notificações enviadas por sua operadora de telefonia. Caso receba um alerta sobre uma solicitação de novo SIM não feita por ele mesmo, deve-se agir prontamente para prevenir acessos não autorizados.
Como proteger-se contra esses crimes?
- Ativar e proteger senhas: É crucial que usuários adotem senhas robustas e evitem combinações previsíveis, além de manterem ativas as opções de bloqueio.
- Monitorar notificações: Manter-se atento a emails ou SMS de alerta enviados pelas operadoras de telefonia sobre mudanças no SIM.
- Biometria em locais públicos: Sempre que possível, utilizar métodos de autenticação biométrica para preservar a confidencialidade.
- Atualizações de sistema: É fundamental manter o sistema operacional do dispositivo sempre atualizado para se beneficiar das correções de segurança liberadas pelos fabricantes.
- Configurar exclusão remota: Habilitar a opção de apagar dados remotamente caso a senha de desbloqueio seja inserida incorretamente múltiplas vezes.
Como a segurança dos dados se torna fundamental?
Na era digital, onde celulares são praticamente extensões das vidas pessoais e profissionais, a proteção dos dados armazenados torna-se uma prioridade. Entender os métodos usados por criminosos e adotar práticas preventivas são passos essenciais para mitigar riscos.
Com uma abordagem mais consciente e informada, é possível reduzir a exposição a fraudes e garantir que dispositivos móveis, além de úteis, também sejam seguros. A precaução ao lidar com dados digitais é tão importante quanto a segurança física do próprio aparelho.