Você já ouviu falar do Relógio do Juízo Final? Criado em 1945 por um grupo de cientistas, incluindo Albert Einstein, ele serve como um alerta simbólico sobre o quão perto estamos de uma catástrofe global. Hoje, ele marca 89 segundos para o fim – o mais próximo da meia-noite (ou seja, do apocalipse) desde sua criação.
Esse relógio não é apenas um símbolo assustador; ele reflete ameaças reais, como mudanças climáticas, armas nucleares e até inteligência artificial. E, infelizmente, parece que estamos acelerando em direção ao abismo.
O cálculo do tempo é feito com base em uma análise detalhada de diversas ameaças, como mudanças climáticas, armas nucleares, pandemias e avanços tecnológicos perigosos, como a inteligência artificial.
Um grupo de especialistas, incluindo prêmios Nobel e outros renomados cientistas, avalia esses riscos periodicamente e decide se o ponteiro do relógio deve se mover para mais perto ou mais longe da meia-noite, que simboliza o fim do mundo.
Por que os cientistas estão tão preocupados?
Os especialistas do Boletim dos Cientistas Atômicos não medem palavras: “Continuar no caminho atual é uma forma de loucura”. Eles destacam que, apesar dos sinais claros de perigo, os líderes mundiais não estão agindo com a urgência necessária.
As mudanças climáticas, por exemplo, exigem investimentos cinco vezes maiores do que os atuais para evitar desastres irreversíveis. Além disso, a proliferação de armas nucleares e o risco de pandemias, como a nova cepa de H5N1, aumentam a pressão sobre o Relógio do Juízo Final.
Tecnologia e desinformação: uma combinação perigosa
Outro ponto que preocupa os cientistas é o avanço da inteligência artificial. A IA facilita a disseminação de desinformação, o que corrói o debate público e mina a democracia. “Essa corrupção do ecossistema da informação é uma ameaça tão grande quanto as armas nucleares”, alertam.
E não para por aí. A falta de confiança nas recomendações de saúde pública, agravada pela pandemia de Covid-19, também contribui para o cenário sombrio.
89 segundos para o fim: ainda há esperança?
Apesar do cenário alarmante, os cientistas acreditam que ainda há tempo para mudar o rumo. Eles destacam que países como Estados Unidos, China e Rússia têm o poder – e a responsabilidade – de evitar o pior.
“Esses países precisam iniciar discussões sérias e de boa-fé sobre as ameaças globais”, escrevem no relatório. A cooperação internacional é essencial para frear o avanço do Relógio do Juízo Final e garantir um futuro mais seguro para todos.
O que podemos fazer?
Apesar do cenário geral soar catastrófico – e enquanto os líderes mundiais discutem – nós também podemos fazer a nossa parte. Pequenas ações, como reduzir o consumo de plástico, apoiar políticas ambientais e buscar fontes confiáveis de informação, já são um começo. Afinal, cada segundo conta quando estamos a 89 segundos para o fim.
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