A renomada apresentadora Tatá Werneck compartilhou publicamente um aspecto pessoal de sua vida: o medo de avião. Em declarações recentes, ela revelou que essa aversão é tão expressiva que precisa viajar acordada e acompanhada por um médico cardiologista.
Durante uma conversa descontraída, Tatá destacou como sua ansiedade em voar a obriga a fazer uso de medicações, além de necessitar da presença de um profissional de saúde ao seu lado. “Não consigo embarcar em um avião sem estar sob cuidados médicos e, para isso, sempre vou bem medicada e acompanhada por um cardiologista”, afirmou a artista.
Atualmente, Tatá está realizando uma viagem em família e revelou que a presença de sua filha, Clara Maria, tem sido fundamental no processo de enfrentamento de seu medo. “Na vinda, eu quase saí do avião novamente, mas olhava para minha filha e pensava: ‘eu preciso ser forte por ela’,” relatou emocionada.
Quando o necessário buscar ajuda quando se tem medo de avião?
Segundo o psiquiatra Gustavo Magalhães, membro do Instituto Perin, o medo do avião representa o medo daquilo que é desconhecido, já que, para nós, seres humanos, não houve uma evolução natural para a capacidade de voar, mas sim uma evolução tecnológica que nos permitiu tal habilidade de alcançar os céus e percorrer distâncias cada vez mais longínquas.
“No entanto, não tivemos tempo hábil para nos acostumar com tal capacidade, e hoje a maioria das pessoas que entra em um avião não sabe nem como funciona toda aquela maquinaria, além de precisar confiar em pessoas que, para elas, são desconhecidas: os pilotos de avião”, explica.
Além disso, é necessário levar em conta toda a experiência do trajeto, já que os tripulantes permanecem durante horas dentro de uma aeronave, com pouco espaço de locomoção e com a existência de eventos inerentes à capacidade do próprio piloto, como por exemplo as turbulências.
“Isso cria um ambiente estressante que permanece por muito tempo, o que facilita que cada vez mais as pessoas não queiram retornar a tal experiência, a não ser que seja realmente necessária”, diz Gustavo.
Para que o medo de voar possa ser considerado algo patológico, também conhecido como fobia específica, é importante avaliar os sintomas, tanto a intensidade quanto a duração. Ou seja, é necessário que a pessoa apresente pelo menos seis meses de sofrimento intenso em relação a essa temática, ou então prejuízos significativos, tanto para as questões sociais quanto para as ocupacionais.
“É importante também uma avaliação de diagnósticos diferenciais, considerando que outros quadros semelhantes podem também trazer esse medo em relação ao voo”, completa o psiquiatra.
Leia mais:
Estudo revela quais são as rotas mais turbulentas para avião; confira