O Big Mac, famoso sanduíche da rede McDonald’s, atingiu um preço recorde na Argentina, onde é comercializado por US$ 7,37 (equivalente a R$ 44,53), posicionando-se como o lanche mais caro da América Latina.
Essas informações foram extraídas do índice Big Mac, uma pesquisa elaborada pela conceituada revista The Economist e atualizada em janeiro pela agência Reuters. Anteriormente, até o final de 2024, o Uruguai ostentava o título de país com o hambúrguer mais caro da região.
Na comparação regional, o preço do Big Mac na Argentina se revela 60% superior ao que é praticado no Brasil e no Chile, onde o sanduíche custa US$ 4,49 (R$ 27,13) e US$ 4,47 (R$ 27,01), respectivamente. Nos Estados Unidos, especificamente em Nova York, o mesmo produto é vendido por US$ 6,89 (R$ 41,63), enquanto no Uruguai o valor é de US$ 6,78 (R$ 40,97).
O índice mencionado utiliza os preços de venda do Big Mac conforme a taxa de câmbio oficial do dólar americano em cada país para traçar um panorama global sobre os valores do lanche.
Composto por dois hambúrgueres de carne bovina, alface americana, queijo cheddar processado, molho especial, cebola e picles em um pão com gergelim, o Big Mac contém 499 calorias e fornece 26g de proteína e 42g de carboidratos. Além disso, oferece cerca de 866.67mg de sódio, representando aproximadamente 43% da ingestão diária recomendada para uma dieta baseada em 2000 calorias.
Índice Big Mac
Diante das diferenças expressivas entre países nos preços do lanche Big Mac, é necessário levar em conta o poder de compra de cada país. Por isso foi desenvolvido o Índice Big Mac em 1986. Trata-se de uma ferramenta para avaliar a estabilidade das moedas globais, fundamentando-se na teoria da paridade do poder de compra. O dólar americano é utilizado como referência central nesse cálculo.
A escolha do Big Mac se deu pela sua ampla presença internacional, tornando-o um produto facilmente comparável entre diferentes economias. Embora não seja um indicador infalível, o índice procura estabelecer uma relação entre as taxas de câmbio e o custo de bens que as moedas podem adquirir.
Para ilustrar: se um Big Mac custa 5 dólares nos Estados Unidos e R$ 20 no Brasil, isso indicaria uma paridade cambial de 1:4, supondo que os valores estejam em perfeita correspondência e sem distorções monetárias.
Quando o lanche em um país é mais barato do que nos Estados Unidos, significa que a moeda está valorizada em relação ao dólar. Quando ocorre o contrário e o sanduíche custa mais, a indicação é que o dinheiro local está desvalorizado.
Resultados do Índice Big Mac 2024
O Índice Big Mac, publicado pela revista britânica The Economist, sugere que a cotação do dólar no Brasil deveria ser de R$ 4,20. De acordo com a análise, o real está aproximadamente 25,7% subvalorizado quando comparado à moeda norte-americana. No Brasil, o preço médio do Big Mac gira em torno de 4,23 dólares, o que equivale a R$ 23,90.
A metodologia utilizada pela revista considera o valor do sanduíche nos Estados Unidos, que atualmente é de 5,69 dólares, juntamente com a taxa de câmbio vigente no Brasil, fixada em R$ 5,65 para os cálculos apresentados. Portanto, o real está subvalorizado.
Em 2024, seis países estiveram no ranking de sobrevalorização. São eles: Suíça. Uruguai, Noruega, Argentina, Zona do Euro e Reino Unido.
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