O ex-BBB Diego Grossi, conhecido por sua participação no reality show em 2014, recentemente compartilhou detalhes de sua batalha contra o vício em bets e jogos de azar. Em entrevista ao portal F5, o publicitário revelou que perdeu cerca de R$ 100 mil em apostas e jogos de cassino, uma situação que impactou profundamente sua vida financeira e pessoal.
Depois de dez anos fora do mercado de trabalho, Grossi tentou voltar à rotina como publicitário, mas percebeu que estava desatualizado em relação às ferramentas e às tendências do setor. O publicitário é casado com Franciele Grossi, companheira no programa de TV. Atualmente, Diego vive com a mãe e a sogra, e busca reconstruir sua vida.
Em suas redes sociais, ele destacou o impacto do vício em jogos na sua saúde mental, incluindo momentos de depressão e o afastamento de oportunidades profissionais. A confissão tocou muitas pessoas que enfrentam desafios similares e gerou reflexões sobre o tema.
O impacto social e financeiro do vício em jogos
O caso de Diego Grossi não é isolado. Estima-se que o Brasil tenha dois milhões de pessoas afetadas pelo vício em bets ou outros tipos de jogos de azar, segundo o Departamento de Psiquiatria da USP. Esse problema tem chamado atenção de especialistas e autoridades. O presidente Lula, por exemplo, defendeu que empresas de apostas contribuam para o tratamento de viciados no país.
O mercado de apostas esportivas no Brasil deve movimentar até R$ 130 bilhões neste ano, de acordo com a Strategy & consultoria estratégica da PwC. O efeito é ainda mais grave para as classes D e E, que comprometem recursos essenciais como o dinheiro do supermercado em busca de um retorno financeiro que nem sempre acontece.
“Esse é um dado extremamente preocupante, porque quem mais gasta com os jogos são pessoas com menos recursos e muitas vezes vulneráveis. E que na expectativa de uma renda extra com os jogos, comprometem seus orçamentos pessoais e chegam a perder, literalmente, o dinheiro do supermercado”, comenta Cristiano Costa, psicólogo clínico e organizacional, e diretor de conhecimento (CKO) da EBAC (Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo).
Como reconhecer os sinais de compulsão por jogos
Identificar os sinais de vício em jogos pode ser desafiador, mas é um passo essencial para buscar ajuda. Pensando nisso, o especialista listou os cinco principais sinais de alerta:
- Pensamento constante com jogos: planejamento obsessivo de jogadas ou relembrar partidas passadas.
- Aumento do tempo e valores dedicados ao jogo: necessidade crescente de apostar mais para sentir o mesmo nível de excitação.
- Negligência de responsabilidades: compromissos com a família, trabalho ou estudos ficam em segundo plano.
- Mentiras e omissões: esconder perdas financeiras ou o tempo real gasto jogando.
- Impactos emocionais e físicos: irritabilidade, ansiedade e dificuldades para dormir são frequentes.
A importância do apoio profissional e familiar
A compulsão por jogos muitas vezes começa como uma tentativa de lidar com conflitos internos ou de ganhar dinheiro rapidamente. Porém, quando o hábito foge do controle, ele pode destruir relações, carreiras e finanas. Por isso, buscar ajuda profissional é essencial. Familiares também desempenham um papel importante ao apoiar a pessoa afetada e incentivar o compromisso com o tratamento.
Se você ou alguém que você conhece enfrenta desafios relacionados ao vício em bets, não hesite em buscar ajuda. Reconhecer o problema é o primeiro passo para superar essa batalha.
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